O avanço de cultivo de cana-de-açúcar em Minas Gerais, principalmente no Triângulo Mineiro, foi a principal questão apresentada pelas entidades ambientalistas à Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) na última reunião do Fórum ONGs, realizada nessa segunda-feira (8), na sede do CREA-MG.
O secretário-adjunto da Semad, Shelley de Souza Carneiro, esclareceu que os pedidos de licenciamento para plantio de cana-de-açúcar em Minas Gerais já estão sendo analisados de forma integrada, de acordo com as novas orientações do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema).
O secretário também ressaltou que a análise integrada dos processos proporcionará uma gestão integrada de todas as questões que envolvem a usina de cana, como a poluição de cursos d'água e desgaste do solo. "Já estão sendo discutidas, nas reuniões do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), políticas ambientais para as indústrias sucro-alcooleiras em Minas Gerais", informou Shelley Carneiro.
Participaram da reunião o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais, José Carlos Carvalho, o secretário adjunto, Shelley de Souza Carneiro, a diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Cleide Izabel Pedrosa de Melo e o vice-diretor do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Geraldo Fausto da Silva.
Análise Integrada
A análise integrada dos processos ambientais faz parte da nova política ambiental do Estado, que tem como objetivo a construção de uma "Agenda Branca", na qual todos os pedidos de licenciamento ambiental passam a ser analisados em conjunto, por uma equipe interdisciplinar composta por técnicos da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Igam e IEF. Este trabalho confere maior transparência e agilidade ao processo, otimizando
atividades e recursos para a conservação da qualidade ambiental.