Operação investiga desmatamentos irregulares no Nordeste do Estado
Sáb, 26 de Abril de 2014 14:05
Doze pessoas presas, 52 notificadas e centenas de hectares de áreas desmatadas localizadas são os resultados dos três primeiros dias da operação de fiscalização ambiental Macaco Muriqui. A ação do Governo de Minas investiga supressão irregular de áreas do bioma Mata Atlântica na região de Teófilo Otoni, no Nordeste do Estado.
Fotos: Wellington Pedro de Oliveira
Área desmatada na região de Itaipé, no nordeste de Minas
Também foram apreendidas cinco motocicletas, carvão e lenha proveniente de mata nativa. A operação teve início no dia 22 de abril e reúne cerca de 60 pessoas do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) e das polícias Civil e Militar. O trabalho tem o apoio do Ministério Público Estadual.
Forno de carvão em operação em áreas fiscalizadas pela Operação Macaco Muriqui
Segundo o coordenador da operação, o diretor de Fiscalização dos Recursos Florestais e Biodiversidade da Secretaria de Estado de Meio Ambiente Desenvolvimento Sustentável (Semad), Bruno Zuffo, a maior parte das áreas desmatadas foi descoberta durante as buscas. “O ponto de partida da operação foram pontos indicados pelo monitoramento por satélite, mas durante a operação foram descobertos outros locais”, explica.
“O trabalho continuará, pelo menos, até a próxima semana quando serão fiscalizadas outras áreas e existe a expectativa da descoberta de novos desmatamentos ilegais”, explica Zuffo. “Os responsáveis pelas áreas fiscalizadas estão sendo notificados e serão autuados”, completa. O valor total das multas será conhecido no final da operação.
Nos seus primeiros dias, a ação esteve concentrada nos municípios de Teófilo Otoni, Novo Cruzeiro, Itaipé e Ladainha. A previsão é de que sejam percorridos os municípios que estão inseridos na Área de Proteção Ambiental Alto Mucuri que também incluem as cidades de Caraí, Catuji, Malacacheta e Poté.
O trabalho realizado pelas equipes que participam da operação Macaco Muriqui busca pontos indicados pela vigilância realizada pelo Sisema e pela organização não governamental SOS Mata Atlântica que, anualmente divulga dados sobre o desmatamento no bioma.
Emerson Gomes
Ascom Sisema