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Seminário discute avaliação do potencial MDL

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A Avaliação do Potencial do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) para Projetos no Setor de Silvicultura e Indústria de Ferro-gusa foi tema do seminário dos Fóruns Mineiro e Brasileiro de Mudanças Climáticas, nesta sexta-feira (6), no auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG). Foram seis palestras abordando temas relacionados à MDL e Aquecimento Global.

O seminário se propôs a ampliar o debate acerca da legalidade e adequação do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo como promotor da Siderurgia a Carvão Vegetal no país.

O secretário executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), professor Luiz Pinguelli Rosa, fez a abertura do evento. "Disciplinar o uso das florestas plantadas para produção do carvão vegetal é uma das grandes alternativas que temos, principalmente considerando-se a extensão territorial do País", ressaltou o professor.

O diretor geral do Instituto Estadual de Florestas, Humberto Candeias, representou o secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho. Humberto apresentou dados sobre a problemática do carvão vegetal e alternativas por meio de MDL. "O carvão vegetal é uma alternativa ao uso de combustíveis fósseis, mas, há que se ressaltar que é fundamental reduzir o uso de florestas nativas e incentivar o plantio de florestas. No Brasil ainda há muito preconceito com relação ao uso de eucalipto", explica Candeias.

No Brasil, e em especial em Minas, o carvão é muito utilizado para produção do ferro-gusa. Por isso, as discussões abordaram a importância das florestas plantadas na produção do carvão vegetal, a redução do uso de combustíveis fósseis e a utilização da biomassa como alternativa de MDL para o Brasil.

Déficits de floretas no Brasil

O Brasil tem experimentado déficits históricos de florestas plantadas e, por conseguinte, de carvão
vegetal renovável para o uso no processo siderúrgico. A falta de financiamento adequado para
uma atividade de tão longo prazo (3 ciclos de 7 anos), é um dos problemas, como também os
limites de aplicação efetiva da legislação florestal e a atratividade natural de insumos substitutos
com menor prazo para maturação.
A siderurgia a carvão vegetal brasileira vem enfrentando dois desafios frente a escassez histórica e 
projetada de florestas plantadas: a absorção progressiva de sua fatia de mercado pelo coque de
carvão mineral e o uso contínuo de carvão vegetal não-renovável (proveniente de florestas nativas).

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