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Balanço parcial mostra queda de 10% no índice de incêndios florestais

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O número de incêndios florestais registrados no período de 1º de janeiro a 07 de setembro de 2015 caiu cerca de 10% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2015, foram 357 incêndios, no período, contra 405 em 2014. Os dados são da Subsecretaria de Controle e Fiscalização Ambiental Integrada (Sucfis) da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), que divulgou o relatório com o balanço parcial dos incêndios em Minas Gerais.

O diretor de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais e Eventos Críticos da Sucfis, Rodrigo Belo, explica o motivo da redução: O diretor de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais e Eventos Críticos da Sucfis, Rodrigo Belo, explica o motivo da redução: “2015 não é considerado um ano crítico. Na verdade, a ausência de chuvas em janeiro, época de maior volume de chuvas no Estado, nos deixou bastante preocupados e várias ações foram adotadas, esperando um cenário mais crítico que o de 2014, esse sim um ano bastante crítico”.

Segundo o relatório, a semana de 30 de agosto e 05 de setembro foi a mais crítica do ano, quando foram detectados 518 focos de calor em Minas Gerais. O alto índice de focos de calor nesses dias se deve ao período crítico, que vai de junho a novembro, mas que tem seu ápice entre agosto e o final de outubro, quando a umidade relativa do ar está mais baixa em função do longo período de estiagem.

“O aumento dos focos nessa época do ano é normal e esperada. Fora da normalidade são dias consecutivos de chuva, como agora estamos vendo”, reflete Rodrigo.

Ainda conforme o balanço divulgado, é provável que os focos de calor/incêndios aumentem a cada semana até a chegada do período chuvoso. Entretanto, a tendência chuvosa para a semana vigente pode alterar positivamente o cenário em algumas regiões do Estado, especialmente a Metropolitana, Sul e Alto Jequitinhonha.

 

 Foto: Evandro Rodney

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Incêndio florestal


“A chegada de chuva sempre nos traz algum alívio. A chegada de uma frente fria úmida com intensidade como a desta, além de aumentar a umidade relativa do ar, diminui a temperatura e provoca precipitações, ajudando a hidratar a vegetação”, explica Rodrigo. E continua: “esperamos que, enquanto as chuvas vigorarem, as ocorrências de foco de calor cheguem a zero. Porém, mesmo que essa chuva vigore por dias seguidos, caso ela não se repita, corre-se o risco de haver, gradativamente, novo aumento nos focos de calor. Ou seja, tudo depende da condição climática, principalmente, de uma combinação da umidade relativa do ar (30%)”.

No relatório, consta que, até o momento, houve registros de incêndios em 46 unidades de conservação estaduais, seja na área interna e/ou entorno. As APAS Pandeiros e Cochá e Gibão foram as mais afetadas e registraram os maiores focos. Já em unidades de proteção integral, a situação é bastante confortável.

De acordo com o balanço, 70% das ocorrências recebidas em 2015 estão abaixo de 5 hectares de área queimada. Conforme o diretor Rodrigo Belo, os resultados positivos se devem à estruturação das UCs.

“Estamos melhorando as estruturas de combate aos incêndios nas UCs gradativamente, com mais aeronaves de maior capacidade. Além disso, em 2015, foram abertas 408 vagas para brigadistas em 44 UCs e duas unidades operacionais do Previncêndio. Temos buscado também parceiras com entidades que agregam voluntários. O voluntariado ainda é pouco organizado no Estado, mas temos visto a melhora da organização dessas instituições e, atualmente, temos proposto a celebração de Termos de Cooperação para o repasse de materiais e equipamentos, que possibilitem aos voluntários organizados através de pessoas jurídicas a entrada em combate com os devidos equipamentos. Disponibilizamos, ainda, vagas nos cursos de instrutores destinados a entidades voluntárias, para que essas diminuam a dependência do Estado no que se refere à formação de brigadistas”, destaca Rodrigo.

Para se evitar o crescimento da incidência de incêndios, é fundamental a colaboração da população. Para tanto, recomenda-se que não se faça uso do fogo em dias com umidade abaixo de 50% e temperatura acima de 25°C e que se observe sempre o intervalo entre 09h e 16h para não realizar queimas. Na limpeza de pastagens com fogo, queima de folhas e lixo, é preciso cuidado redobrado com fogueiras e com qualquer tipo de fogo e  materiais que podem gerar fagulhas, como fogos de artifícios, principalmente, entre os meses de junho e novembro.

Por fim, caso o visitante das UCs se depare com um incêndio, deve imediatamente informar a um funcionário da unidade de conservação ou ligar no 0800-2832323.


Romyna Lanza
Ascom/Sisema

 

 

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