As equipes se concentraram nos municípios de Montalvânia, Januária, Itacarambi, Miravânia e Manga, todas localizadas ao longo do rio. Segundo a educadora ambiental da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Luisa Marilac Righi, as ações de educação ambiental voltadas para o público infantil também são consideradas ações de fiscalização preventiva. “Esse tipo de público (crianças) tem uma importância fundamental na propagação das mensagens, porque as levam para o ambiente familiar de maneira totalmente sincera e desprovida de pré-conceitos”, afirma.
O trabalho teve início em Januária no dia 03, na Escola Municipal Santa Rita com um público de 250 crianças. Em Montalvânia, a ação aconteceu no dia 04 na Escola Estadual Galileu Galilei e teve um público de 230 crianças. Ainda no dia 04, os técnicos estiveram na Escola Municipal Adélia Antônio de Almeida, em Itacarambi onde foram assistidos por 150 crianças.
Na quarta (05/07), 250 crianças de diferentes escolas da cidade de Manga participaram das atividades de educação ambiental. No dia 06 (data do fechamento desse boletim), as ações chegaram ao município de Miravânia, onde 100 alunos da Escola Estadual Fazenda Cristo Rei puderam conhecer mais sobre a natureza e se tornar aliados da preservação ambiental no rio São Francisco.
O superintendente de Estratégia em Fiscalização Ambiental da Semad, Marcelo da Fonseca, afirma que as ações já superaram o número de pessoas esperado durante o planejamento. “A expectativa era de que mil alunos participassem das atividades em toda a operação e esse número já foi quase atingido nos quatro primeiros dias”, observa. “Nossa expectativa é que essas crianças e jovens se tornem aliados e multiplicadores da preservação da natureza”, completa.
Educação Ambiental
Os técnicos do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema) e da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), que formam a equipe de Educação Ambiental, realizam um trabalho de conscientização em escolas públicas. O trabalho inclui palestras, apresentação de teatro de marionetes e a realização de atividades lúdicas.
Crédito: Acervo FPI
Trabalho de conscientização está sendo realizado nas escolas públicas ao longo do rio São Francisco
Nos próximos dias, crianças e adolescentes serão lembrados das consequências do desmatamento, do desperdício de água, da produção excessiva de lixo e do aprisionamento de animais da fauna silvestre, no intuito de fomentar entre os mais jovens uma cultura de preservação e convivência mais harmônica com o meio ambiente.
A equipe também vai mostrar para os estudantes as consequências da pesca predatória, instruindo-os que “pescar não é somente tirar o peixe da água. Para pescar, você deve estar com a licença de pesca, além de observar o tamanho mínimo permitido para cada espécie de peixe”.
A palestra ainda faz uma apresentação sobre o rio São Francisco, as características e os principais problemas sociais e ambientais enfrentados pela bacia, entre eles, a poluição urbana, industrial, minerária e agrícola; a irrigação, que além dos agrotóxicos, consome água demais; e a pobreza e o abandono da população, que é quem mais sofre com as consequências desses abusos.
A operação
Cento e sessenta agentes públicos de 15 diferentes órgãos estarão em campo de 2 a 14 de julho para uma ação inédita em Minas Gerais, a Fiscalização Preventiva Integrada (FPI) na Bacia do Rio São Francisco. O objetivo da FPI é buscar a preservação e recuperação do rio, diagnosticando danos ambientais, autuando infratores e prestando orientações. 45 técnicos da Semad participam do trabalho.
Participam da operação o Ministérios Público Federal (MPF), do Trabalho (MPT) e do Estado de Minas Gerais (MPMG); a Semad - que exerce fiscalização em assuntos ligados ao Instituto Estadual de Florestas (IEF), à Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM) e ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (IGAM) –; Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA-Minas); Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA); Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG); Polícia Rodoviária Federal (PRF-MG); Polícia Federal (PF-MG); Polícia Civil (PCMG); Fundação Nacional de Saúde (FUNASA); Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA); Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e Agência Nacional de Águas (ANA).
Canais para denúncias - O cidadão que tiver conhecimento de alguma irregularidade na área de atuação da FPI pode utilizar os seguintes canais para enviar sua denúncia:
E-mail:
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Telefone: (38) 3621.6950/2323
Presencialmente: Sede do Ministério Público de Minas Gerais - Praça Artur Bernardes, 366 - Centro - Januária/MG
Emerson Gomes
Ascom/Sisema