O Governo de Minas autorizou a construção de uma adutora para captação de água no Córrego Salgado, em Santo Antônio do Grama, na Zona da Mata Mineira, onde o rompimento do mineroduto Minas-Rio comprometeu o abastecimento. A nova estrutura vai alimentar a Estação de Tratamento de Água (ETA) da Copasa no município. A autorização foi viabilizada por meio de outorga emergencial concedida pelo Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam). O mineroduto pertence à empresa Anglo American Minério de Ferro S.A.
A adutora superficial, instalada de forma provisória, começou a funcionar às 18h dessa terça-feira, 13, captando água do Córrego Salgado para os dois reservatórios da ETA em Santo Antônio do Grama. A cidade começou a ser abastecida por esse sistema às 0:20 desta madrugada, inicialmente nas partes baixas. O abastecimento está sendo complementado por meio de caminhões-pipa providenciados pela empresa. Já a implementação da adutora definitiva, no subsolo, foi iniciada na manhã desta quarta-feira, 14, e deve ser finalizada na sexta-feira, 16.
A qualidade da água do Rio Casca também está sendo avaliada pela Copasa, tendo em vista que a pluma de minério chegou a esse curso d’água na madrugada do dia 13. As análises preliminares indicam que não houve alterações dos parâmetros, que exigissem a interrupção da captação. Com isso, o abastecimento segue normalizado na cidade de Rio Casca.
Os impactos provocados pelo vazamento da polpa de minério no meio ambiente continuam sendo monitorados no local, pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). No auto de fiscalização que está sendo lavrado, e tem previsão de ser entregue à mineradora amanhã, será feita a notificação para o acompanhamento semanal da investigação que apura as causas do acidente, até que elas sejam esclarecidas.