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Mesmo sem transmitir o coronavírus, cães e gatos têm sido alvo de abandono

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Foto:Samylla Mol

home office animais dentro

Não há razão científica para o abandono dos animais de estimação por causa da pandemia do Corona vírus
 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que só no Brasil exista mais de 30 milhões de animais abandonados, entre 10 milhões de gatos e 20 milhões de cães. Em grandes cidades, como Belo Horizonte, a estimativa é que para cada cinco humanos, um cachorro está abandonado. Essa situação acende ainda mais o alerta diante de uma nova realidade mundial, já que muitos pets têm sido abandonados, em diversos países, devido à pandemia do coronavírus.

 

Entretanto, é importante informar que cães e gatos não transmitem a Covid-19 para humanos, de acordo com informações da OMS que contrariam notícias falsas (fake news) em circulação. Os tipos de coronavírus que acometem cachorros e felinos não são transmissíveis aos humanos e também nada têm a ver com a Covid-19. Segundo a Organização Mundial de Saúde Animal, a propagação do vírus que causa a Covid-19 resulta apenas da transmissão entre seres humanos. A entidade ressalta que não há evidências de que esses animais possam ser infectados ou transmitir o vírus.

 

Independentemente da situação, quem tem um animal em casa deve sempre manter a higiene pessoal e do pet. Humanos saudáveis também devem sempre se higienizar ao manusear e cuidar de animais. No caso de pessoas positivas para a Covid-19, o ideal é que elas não tenham contato muito próximo com seus pets. Isso porque, ao usar as mãos para espirrar ou tossir, e, logo depois, tocar o cão ou gato, ela pode contaminar outra pessoa que tocar o mesmo cão ou gato. O mesmo acontece com superfícies como maçanetas, botões, corrimões e etc.

 

Nestes casos, o tutor deve manter a rotina de lavar as mãos antes e depois de tocar nos animais, alimentos, suas fezes ou urina. Também é importante evitar beijar, lamber ou compartilhar alimentos com seus pets. Durante a quarentena, é importante não sair de casa, somente se for estritamente necessário.

 

Como recomenda o médico veterinário José Begalli, do Núcleo de Fauna e Pesca da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), o ideal é suspender os passeios durante esse período de pandemia. Se não for possível, a orientação é que se evite fazer os passeios com o pet em locais com aglomerações de pessoas, dando preferência a locais mais tranquilos. “Ao chegar com o cão em casa, lave bem as patinhas antes de ele entrar. Uma dica é deixar uma bacia com água, sabão e toalha limpa para fora de casa, ou próxima ao portão de saída”, explica Begalli.

 

Torne a higiene um hábito

 

Para evitar contrair não só a Covid-19, mas várias outras doenças, é importante tornar a higiene básica um hábito diário. Lavar as mãos antes e depois de ir ao banheiro e antes das refeições, evitar levar as mãos à boca e aos olhos, lavar bem frutas e verduras com água limpa antes de consumi-las são regras importantes de prevenção. Também se devem lavar produtos antes de serem levados à geladeira ou freezer e evitar compartilhar copos, pratos, talheres ou qualquer objeto que seja levado à boca. Manter a casa limpa, higienizada, ventilada e com iluminação natural e o quintal sempre limpo devem ser hábitos mantidos. Produtos de limpeza, como desinfetantes, além de álcool 70%, detergentes ou água sanitária são essenciais no combate à Covid-19 e outras doenças.

 

Abandono de animais é crime federal

 

No Brasil, o abandono de animais é crime federal e em Minas Gerais já tem um decreto regulamentado que pune os praticantes de maus-tratos contra os animais no estado. São classificados maus-tratos atos ou omissões que privem o animal de suas necessidades básicas, lesão ou agressão, abandono, exposição em locais desprovidos de segurança, limpeza e desinfecção, dentre várias outras situações.

 

Na rua, eles passam fome e sede, adquirirem doenças e ficam traumatizados. Ao serem abandonados próximo ou em áreas de preservação ambiental, esses animais causam impactos ao meio ambiente.

 

O planejamento é a melhor forma de prevenir uma situação grave como o abandono. Antes de ter um cão ou gato em casa, pense na dedicação que será necessária para cuidar do animal. Eles precisam da companhia do tutor durante muitas horas do dia, de uma boa alimentação, água fresca, vacinas, remédios em caso de doenças ou machucados, de idas regulares ao veterinário entre muitos outros cuidados. Caso você precise viajar, será necessário providenciar alguém para cuidar dele ou contratar um serviço de hospedagem. Ter um animal de estimação exige do tutor tempo e dinheiro. Pense nisso antes de ter o seu.

 

Pet não é presente e nem brinquedo

 

Em períodos festivos, muitos optam em presentear alguém, principalmente crianças, com algum animal de estimação, mas se esquecem de que, com esse tipo de surpresa, também é necessário que quem esteja ganhando o animal seja responsável pela vida dele por muitos anos. Essa responsabilidade implica dedicação e responsabilidade por parte do tutor.

Disque-denúncia

 

Ao ver um animal sendo maltratado ou abandonado, denuncie ligando para o Disque-Denúncia: 181.

 

Decreto Estadual nº 47.787

 

De acordo com o Decreto Estadual nº 47 787 publicado em 14 de dezembro de 2019, a Semad passou a ter como competência a coordenação, execução, implementação, supervisão e fiscalização das políticas públicas de bem-estar dos animais domésticos. Na antiga estrutura, apenas a fauna silvestre era responsabilidade da secretaria.

 

Ascom/Sisema
Viviane Lacerda

 

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