Foto: Samylla Mól
Objetivo das lives é mostrar para crianças a importância da guarda responsável e da proteção dos animais domésticos
A pandemia do novo coronavírus vem exigindo uma reorganização nas relações entre as pessoas e, por isso, as interações virtuais continuam em alta enquanto o distanciamento social é recomendado para conter o avanço da Covid-19. Pensando nessa realidade, o Núcleo de Fauna da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) participou de uma aula ao vivo pela internet na última sexta-feira (07/08) com alunos da Escola Municipal Newton Amaral Franco, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.
Esse é o pontapé inicial do projeto que a Secretaria espera desenvolver durante a pandemia, batizado de “Semad nas escolas: um papo animal”. A ideia é participar de mais lives com crianças de escolas de Minas Gerais para falar sobre guarda responsável e proteção aos animais domésticos. Os canais de contato estão no final deste texto.
Quem participou da live da última sexta-feira, com a presença de mais de 30 alunos da Escola Municipal Newton Amaral Franco, foi a coordenadora do Núcleo de Fauna da Semad, Samylla Mól. Segundo ela, o resultado superou as expectativas porque as crianças participaram bastante e fizeram várias perguntas. “Eu me senti conversando com o amanhã. Foi até difícil encerrar a live porque as crianças queriam fazer mais perguntas, estavam motivadas e felizes em aprender mais sobre guarda responsável e bem-estar animal”, afirma Samylla Mól.
Ainda segundo a coordenadora do Núcleo de Fauna, a ideia é levar esse tema a mais escolas, aproveitando a possibilidade de aulas ao vivo pela internet durante a pandemia. “Para nós trabalharmos a questão da guarda responsável e conseguirmos uma política pública efetiva para cuidar dos animais domésticos no Estado, temos que nos basear em educação. Por mais que a gente entre com legislação, fiscalização e castração, a chave da mudança está dentro da cabeça de cada um e a criança é propagadora de conhecimento. O que ela aprende sempre leva para a comunidade e para a casa”, acrescenta Samylla Mól.
A coordenadora do Núcleo de Fauna da Semad, Samylla Mól (na coluna da direita, no topo) conduziu a live da última sexta-feira com crianças da Escola Newton Amaral Franco
A live da última sexta-feira com as crianças de Contagem fez parte de um projeto da Escola Municipal Newton Amaral Franco chamado “Papo Animal”, que tem programação ao longo do mês de agosto, sempre às sextas-feiras. Para a bibliotecária Sheila Rodrigues, que é idealizadora da rodada de lives, o evento foi um sucesso e deveria se espalhar para mais escolas. “A Samylla falou sobre leis que protegem os animais, apresentou aos meninos e meninas a profissão do advogado animalista, informou sobre o número 155 para fazer denúncias de maus tratos, respondeu perguntas, falou sobre animais silvestres e domésticos. Enfim, as crianças gostaram demais. O evento, que era para durar uma hora, teve mais de uma hora e 30 minutos”, diz ela.
O público contemplado pela live foram crianças de 9 a 11 anos, de turmas do terceiro, quarto e quinto anos do ensino fundamental. É exatamente esse público que a Semad pretende alcançar com a presença do Núcleo de Fauna nas escolas. A competência sobre a fauna doméstica é uma atividade recente na Semad, atribuída ao órgão em 2019. Desde então, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Germano Vieira, determinou a criação e implementação de uma política pública que resulte na construção de uma sociedade melhor para humanos e animais.
As escolas que tiverem interesse em participar do projeto "SEMAD nas escolas: um papo animal” e contar com uma palestra do Núcleo de Fauna da Semad para seus alunos podem entrar em contato solicitando um horário pelo e-mail
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ou pelo telefone 3915-1207. Samylla Mól explica que quanto mais alunos receberem a mensagem da necessidade de cuidar dos animais domésticos, menor será o cenário de abandono, descontrole populacional e maus tratos. “Hoje temos mais animais do que lares, precisamos equilibrar esse número e a criança é um agente importantíssimo nessa mudança”, completa.
Guilherme Paranaiba
Ascom/Sisema
