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Estado inaugura centro de monitoramento territorial e resposta a desastres ambientais

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Fotos: Luciane Evans/ Sisema Divulgação 

Feam inaugura centro de monitoramento territorial e ambiental2

Secretária Marília Melo e o presidente Renato Brandão participam da inauguração da sala, na Cidade Administrativa

O Governo de Minas inaugurou, nesta terça-feira (03/11), o Centro de Geotecnologias e Monitoramento Ambiental Territorial (CGMat), espaço de acompanhamento e gestão de barragens, localizado na sede da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), na Cidade Administrativa. A inauguração do CGMat é parte das ações do Estado para melhoria no acompanhamento de desastres envolvendo barragens e fortalecimento dos mecanismos de suporte e resposta às emergências ambientais em Minas Gerais.

O CGMat é composto por uma infraestrutura tecnológica de processamento e profissionais especializados. A sala de gerenciamento do CGMat será responsável pelo desenvolvimento de estudos, levantamentos e sistematização de dados voltados ao mapeamento, monitoramento e avaliação ambiental de territórios e das barragens de contenção de rejeitos da indústria e da mineração em Minas Gerais.

Na avaliação da secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad), Marília Melo, o espaço gerenciado pela Feam permitirá ao Estado um melhor acompanhamento das atividades de mineração e da indústria em Minas Gerais. “Trata-se de um monitoramento constante, com sistema tecnológico que nos permite acompanhar desastres ambientais envolvendo barragens e garantir respostas mais rápidas e assertivas nas ações de recuperação e atendimento às emergências”, afirma Marília Melo.

Painel de monitoramento

Um dos grandes destaques do CGMat será o painel de monitoramento de barragens de rejeitos em nível de emergência e de obras de contenção: GeoDashBar. Desenvolvido para possibilitar o acesso às informações precisas, a plataforma online permite análises rápidas e o reconhecimento de dados essenciais para que autoridades e os cidadãos compreendam, de forma amplamente acessível, a situação geral e local envolvendo barragens.

Será possível saber, por exemplo, quantas e quais são as barragens em nível de alerta, onde elas estão localizadas e quais são as características de cada uma delas. “Há um protocolo de monitoramento de qualidade água, solo e da fauna da região da barragem em questão que é realizado nas estruturas em nível de alerta. Essas informações garantem ao Estado uma resposta mais rápida e precisa em um possível episódio de rompimento”, destaca o presidente da Feam, Renato Brandão.

Por meio de ações integradas junto a institutos de pesquisa nacionais e internacionais, o CGMat irá atuar em articulação com o Núcleo de Gestão de Barragens (NUBAR) e o Núcleo de Emergências Ambientais (NEA) da Feam, também no desenvolvimento de plataformas dinâmicas de monitoramento remoto voltadas para barragens de rejeitos e o território associado.

A partir de dados obtidos via satélite e radares orbitais, combinados com dados prestados pelos empreendedores responsáveis pela segurança de barragens, será possível integrar informações e obter um quadro territorial completo da situação. “O CGMat proporciona ao Estado mais eficiência nas atividades de fiscalização e acompanhamento de barragens. Estamos criando uma estrutura de inteligência para acompanhar, por meio de imagens de satélites e dados geoespaciais, o que ocorre em regiões de barragens de mineração e da indústria”, frisa o presidente da Feam, Renato Brandão.

Feam inaugura centro de monitoramento territorial e ambiental

Informações geoespaciais vão auxiliar na tomada de decisões do Estado na recuperação ambiental e no atendimento às emergências ambientais
 

Com base no sensoriamento remoto, modelagem ambiental e geoprocessamento, será realizado o desenvolvimento de tecnologias e metodologias para o aprimoramento dos instrumentos de gestão e do planejamento ambiental. Em parceria com o Núcleo de Emergências Ambientais (NEA) da Feam, o centro de monitoramento responderá também pela formulação de protocolos complementares para resposta sistematizada a desastres socioambientais.

Os Protocolos Internos de Gerenciamento de Geoinformação irão possibilitar a estruturação de mecanismos previsíveis e ações coordenadas em tecnologias e informações geoespaciais, durante todas as fases da gestão de desastres socioambientais em eventuais rompimentos de barragens de rejeitos. “A medida tem como objetivo otimizar as ações de preparação, resposta e recuperação promovidas pelos órgãos responsáveis”, avalia o coordenador do CGMat e analista ambiental da Feam, Alessandro Campos.

Recuperação ambiental 

 

Outra funcionalidade que será possível a partir da inauguração do CGMat é o compartilhamento de informações geoespaciais referentes às ações e atividades de recuperação ambiental das bacias e territórios impactado pelos desastres decorrentes do rompimento das barragens de Fundão, em Mariana, e B1, B4 e B4A, em Brumadinho.

Com essa medida, de acordo com Renato Brandão, será possível ampliar os mecanismos de transparência e aproximação com os cidadãos, entidades públicas e privadas, instituições de ensino e pesquisa e organizações da sociedade civil. “O Estado poderá acompanhar também por imagens geoespaciais todo o trabalho de reparação que está sendo desenvolvido pelas empresas e atuar na cobrança de alguma situação que, por ventura, não tenha sido realizada ainda pelos empreendedores, mas que o Estado julgue importante a realização”, pondera.

As informações que são analisadas no CGMat sobre a recuperação ambiental em Mariana e Brumadinho podem ser visualizadas por meio da Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), disponível em: http://idesisema.meioambiente.mg.gov.br/.

Os dados estão disponíveis na categoria Recuperação Ambiental, na qual estão representadas a localização de ações provenientes de estudos, planos, programas e projetos geridos ou acompanhados pelos órgãos e entidades integrantes do Sisema voltados à recuperação, reabilitação ou restauração ambiental.

Simon Nascimento e Edwaldo Cabidelli
Ascom/Sisema



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