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Estado conclui limpeza e desobstrução dos primeiros poços do Programa Água Doce

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 Foto: GMG/Cedec

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Durante a etapa de desobstrução e teste de vazão dos poços, a empresa licitada para a execução dos serviços realiza uma limpeza física e química do poço

 

O Governo do Estado finalizou, na última sexta-feira (18/12), a etapa de desobstrução e teste de vazão nos primeiros dez poços verificados pelo Programa Água Doce (PAD) em Minas Gerais. Os poços tubulares estão localizados em Porteirinha e Rubelita, na Região Norte. Juntos eles abastecem cerca de 1.461 pessoas distribuídas em comunidades rurais nos dois municípios. Somente com a limpeza e retirada de materiais como madeira e pedra, que estavam obstruindo os poços, a população atendida por essas estruturas já passou a contar com água de melhor qualidade e maior vazão de água.

 

As informações e resultados obtidos durante o trabalho nos dez poços servirão de base para a confecção dos Projetos Executivos e vão balizar a metodologia de trabalho nas próximas etapas do PAD. Outros 128 poços que estão incluídos no escopo do Água Doce deverão passar pela etapa de teste de vazão, limpeza e desobstrução até o final do primeiro trimestre de 2021.

 

O Programa Água Doce é viabilizado por meio de um convênio firmado entre os governos Federal e Estadual e visa à implementação de tecnologias alternativas para atender, prioritariamente, as populações de baixa renda do semiárido brasileiro. Nessas regiões, cerca de 70% dos poços apresentam águas salobras ou salinas, e a água subterrânea, muitas vezes, é a única fonte disponível para as comunidades.

 

Em Minas, a gestão do Programa Água Doce é feita por meio de um Acordo de Cooperação Técnica assinado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas (Semad), que coordena o projeto; o Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Gabinete Militar do Governador por meio da Coordenadoria Estadual de Defesa Civil (GMG/Cedec), Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG), Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater) e o Instituto de Desenvolvimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais (Idene). Também possui um Núcleo de Gestão Estadual, com composição dos órgãos citados acima mais Copasa, Copanor e CEMIG.


A expectativa é de que, quando finalizado, o PAD beneficiará cerca de 30 mil mineiros que vivem no semiárido.

 

Desobstrução e testes de vazão

 

Durante a etapa de desobstrução e teste de vazão dos poços, a empresa licitada para a execução dos serviços realiza uma limpeza física e química do poço. São retirados materiais que atrapalham o funcionamento ideal do poço e reduzem a qualidade da água. Também são dimensionadas as membranas, canos e potência da bomba a ser utilizada no poço. Após esta limpeza são realizadas, em 12 horas, os procedimentos dos testes de vazão com bombeamento de água e aferição das vazões, além das medições de qualidade da água e, por fim, a coleta de amostras.

 

O trabalho no poço, nesta etapa, é finalizado com a recuperação da base do reservatório e do tubo de saída de água e a implantação de uma tampa de alumínio, deixando o poço em perfeitas condições de uso à população. Posteriormente, as amostras de água coletadas são encaminhadas a laboratório para realização de análise físico/química em 54 substâncias e microbiológica.

 

Dentre os dez primeiros poços verificados, sete estão localizados em Porteirinha e três em Rubelita. “Todo esse estudo técnico vai direcionar o trabalho a ser feito nas próximas etapas do programa, identificando qual sistema de dessalinização é característico para cada poço, se será necessário realizar filtragem ou outro tipo de interferência no poço”, explica o coordenador do Programa Água Doce em Minas e capitão da Polícia Militar, José Ocimar de Andrade Júnior.

 

Ele explicou que o parecer dos laboratórios sobre as análises das águas para as próximas etapas do programa levará em consideração a vazão, a quantidade de ferro encontrada nas amostras, além de verificar se a água do poço é salina ou salobra. De acordo com o capitão José Ocimar, a etapa de desobstrução e limpeza, se fosse feita pelas prefeituras locais, representaria um empenho de recursos equivalente ao valor de perfuração de um novo poço. “Além disso, na limpeza do poço já é possível obter a melhoria na vazão da água, bem como na própria disponibilidade de água na comunidade”, acrescenta.

 

Eficiência

 

Subsecretário de Gestão Ambiental e Saneamento da Semad, Rodrigo Franco destacou a eficiência do Estado para a execução do PAD. O convênio firmado entre o Governo de Minas e o Governo Federal para execução do programa foi assinado em 2012, mas as ações acabaram não sendo realizadas, tendo sido retomadas na gestão do governador Romeu Zema.

O contrato prevê um aporte de R$20 milhões para implantação completo do programa no Estado. Em agosto deste ano foi contratada uma empresa para realização dos diagnósticos socioambientais, além de análises ambientais, químicas, geológicas e econômicas, além da confecção de 69 Projetos Executivos. Estas ações estão sendo executadas pela EDS Energia e Desenvolvimento Sustentável Ltda, que venceu o processo licitatório para executar parte do programa em Minas.

 

O recurso ainda será utilizado na recuperação de poços e construção de estações de dessalinização da água, tornando-a apta ao consumo humano, além da realização do monitoramento e manutenção das estações com a realização de visitas técnicas quatro vezes por ano. “O PAD vai ao encontro do que o governador Romeu Zema afirmou. Não há mais recursos destinados, apenas a eficiência do Estado para colocar em prática um programa que concede dignidade e melhor qualidade de vida às pessoas do Norte de Minas”, destacou o subsecretário.

Simon Nascimento
Ascom/Sisema

 

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