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Estado e Prefeitura de Cláudio realizam castração gratuita de animais domésticos

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Divulgação Sisema

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476 animais foram estereliados entre os dias 26 e 29 de outubro em Cláudio

 

A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad) acompanhou, nesta quinta-feira (28/10), o mutirão de castração gratuita de cães e gatos que vivem nas ruas e sob a tutela de pessoas em situação de vulnerabilidade social no município de Cláudio, no Centro-Oeste de Minas. A ação foi realizada por meio de convênio firmado em 2020 entre a pasta ambiental do Estado e a Prefeitura da cidade, com recursos oriundos de emenda parlamentar. A parceria prevê o manejo ético populacional de fauna doméstica no município. 

 

A esterilização dos animais ocorreu entre os dias 26 e 29 de outubro. Ao todo, o convênio previu a castração de 476 animais, entre cães e gatos de ambos os sexos. Na primeira ação do convênio, realizada no primeiro semestre, já haviam sido esterilizados 166 animais, restando 310 para o cumprimento integral do convênio.

 

O superintendente de Gestão Ambiental da Semad, Diogo Franco, explicou que foram repassados R$ 100 mil ao município para a realização do trabalho de esterilização. A verba é fruto de emenda parlamentar do deputado estadual Osvaldo Lopes. “Com a reorganização administrativa da fauna doméstica temos adotado essa metodologia com os municípios, fazendo o acompanhamento dos indicadores para verificar se a ação é efetiva, se atende população de baixa renda e os animais de rua e errantes que apresentam um maior risco em relação à saúde e desequilíbrio ambiental”, observa. 

 

Castração 

 

Para realizar a castração em Cláudio, a prefeitura contratou uma empresa especializada nos procedimentos por meio de edital de licitação. A instituição vencedora do certame estacionou um ônibus castramóvel na Praça dos Ex-Combatentes, no Centro do município. O veículo é equipado com um bloco cirúrgico e uma ala de observação e medicação dos animais, que são monitorados por médicos veterinários e auxiliares. 

 

Os cães e gatos que foram castrados não poderiam apresentar quadro de obesidade e nem infestação por carrapatos, pulgas, micoses e vermes. Além disso, os animais também deveriam ter entre 4 meses e 8 anos de vida. No caso das cadelas e gatas, o procedimento não foi realizado em situação de cio ou prenhe.

 

“O controle populacional é o primeiro passo para se estabelecer uma política pública de proteção à fauna doméstica eficiente, pois é procedimento fundamental para inibir o aumento desenfreado da população de cães e gatos, contribuindo para a prevenção de maus-tratos e abandono”, destacou a coordenadora do Núcleo de Fauna Doméstica da Semad, Patrícia Carvalho. 

 

O chefe de Vigilância em Saúde e do Setor de Zoonozes da Prefeitura de Cláudio, Lindomar Lemos, lembra que foram estabelecidos critérios para realização da castração. Foram priorizados os animais que estão sob a tutela de pessoas em vulnerabilidade social, em situação de rua, além de animais com raça indefinida. Os cães e gatos que foram castrados foram avaliados e medicados antes do procedimento. “É uma atividade para reduzir a incidência da superpopulação de animais em situação de abandono, e por meio dessa ação a gente consegue reduzir a proliferação de doenças compartilhadas entre animais domésticos e humanos”, ressalta. 

 

Os cães e gatos em situação de rua que foram castrados realizaram um período de quarentena de 15 dias em um abrigo mantido pela prefeitura para monitoramento e avaliação veterinária para casos de leishmaniose. Após a castração, os animais foram levados de volta ao abrigo, onde passaram por observação, receberam os medicamentos do pós-operatório além de outros cuidados como a vermifugação.

 

“O animal que é castrado é monitorado e alimentado para verificar a reação ao pós-procedimento. Ocorrendo tudo em normalidade, nós publicamos as imagens nas redes sociais para adoção da população”, destaca a médica veterinária da prefeitura, Bárbara Marques. 

 

Alívio 

 

Para quem teve acesso ao processo de castração gratuito, o sentimento é de alívio e segurança. É o caso de Kelen Souza, de 42 anos, moradora da zona rural de Cláudio. A mulher levou a cadela Nina, uma golden de 8 meses, para a esterilização. “É muito importante que a população de baixa renda tenha acesso a esse serviço, porque não temos condição de arcar com a castração particular. Com a castração eu fico mais tranquila não só em relação à ela ter filhotes, mas também com a saúde ao longo da vida”, pondera. 

 

Fauna doméstica

 

A gestão da fauna doméstica foi incorporada à Semad em dezembro de 2019, a partir da reforma administrativa. Inicialmente, a competência era da Subsecretaria de Fiscalização Ambiental (Sufis), mas passou ao escopo de atuação da Subsecretaria de Gestão Ambiental e Saneamento (Suges) no segundo semestre de 2021. Entre as entregas já executadas está o lançamento do Cadastro Estadual de Entidades de Proteção Animal e de Protetores. 

 

O serviço foi anunciado em audiência pública organizada pela Comissão de Meio Ambiente da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em 27 de outubro, para coletar informações que visam identificar os protetores de animais e organizações não governamentais e da sociedade civil que trabalham com o tema. Além disso, também foi disponibilizada, na Infraestrutura de Dados Espaciais do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IDE-Sisema), um banco de dados sobre animais domésticos na plataforma. 

 

A disponibilização contempla informações relacionadas aos municípios que mantêm convênios assinados junto ao Estado para o manejo ético populacional de animais domésticos; o número de animais castrados por município conveniado, além das estimativas de população canina, felina e total para o ano de 2021. O subsecretário de Gestão Ambiental e Saneamento da Semad, Rodrigo Franco, salientou que com a reorganização da gestão de fauna doméstica dentro da Semad, o objetivo será expandir a atuação do Estado como apoio técnico aos municípios, que possuem a competência originária para o assunto. 

 

“Além da fiscalização preventiva e ostensiva, que eram executadas com excelência pela Subsecretaria de Fiscalização Ambiental (Sufis), vamos trabalhar na formulação de políticas públicas para o manejo ético humanitário dos animais, ações de identificação com a microchipagem e projetos de educação humanitária para prevenção e combate aos maus-tratos”, explicou. 

 

Simon Nascimento
Ascom/Sisema

 

 

 

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