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Programa Água Doce (PAD) dá início às obras para tratamento de água no semiárido de Minas Gerais

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crédito: Divulgação Defesa Civil MG

OBRA DENTRO

Por meio desta tecnologia, as estações implantadas nas comunidades vão permitir o tratamento da água nas regiões, tornando-as de qualidade e aptas para o consumo humano, levando em consideração os aspectos sociais, ambientais e técnicos.

 

A água de qualidade, própria para o consumo, está prestes a se tornar realidade para 28 mil pessoas no semiárido de Minas Gerais. O Programa Água Doce (PAD), parceria conveniada entre os governos federal e estadual, dá início às obras de implantação do sistema para recuperação de poços e construção de estações de dessalinização de água, tornando-a apta ao consumo humano.

 

As comunidades Vila do Cristino e Ingazeira, no município de Mato Verde, no Norte de Minas, são as primeiras a receber as obras, que irão beneficiar 140 famílias. Até o final de 2022, a previsão é de que as intervenções sejam feitas para 69 comunidades, levando água de qualidade a 28 mil pessoas, em 26 municípios do semiárido mineiro. “O sistema de dessalinização implantado pelo PAD é uma das melhores tecnologias existentes no mundo para a remoção de sal da água”, garante o subsecretário de Gestão Ambiental e Saneamento, Rodrigo Franco.

 

O dessalinizador utiliza o processo de osmose inversa, no qual membranas semipermeáveis, que funcionam como um filtro, retiram da água salobra ou salina a quantidade de sais imprópria para consumo humano, produzindo dois efluentes, o permeado (água dessalinizada) e o concentrado. Cada sistema pode produzir até 14.400 litros de água dessalinizada por dia.

 

Por meio desta tecnologia, as estações implantadas nas comunidades vão permitir o tratamento da água nas regiões, tornando-as de qualidade e aptas para o consumo humano, levando em consideração os aspectos sociais, ambientais e técnicos. “As obras duram, em média, de 30 a 40 dias para serem finalizadas e são feitas para comunidades com baixos índices de IDH e pluviometria, com índice de mortalidade infantil preocupante e com pouca, ou nenhuma, opção de acesso a água, muito menos potável”, diz o coordenador do PAD em Minas e capitão da Polícia Militar, José Ocimar de Andrade Junior.

 

O PROGRAMA

 

Coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), por meio Subsecretaria de Gestão Ambiental e Saneamento (Suges), e pela Defesa Civil, o Programa Água Doce é uma iniciativa do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), do Governo Federal, e visa a implementação de tecnologias alternativas para atender, prioritariamente, as populações de baixa renda do semiárido brasileiro, tendo em vista que cerca de 70% dos poços da região semiárida do Brasil apresentam águas salobras ou salinas, e a água subterrânea, muitas vezes, é a única fonte disponível para as comunidades.

 

Para execução do programa em Minas Gerais, o Estado firmou convênio com a união em 2012, mas somente em 2020, o programa saiu do papel. O PAD conta com investimento no R$ 25.354.231,27 sendo R$ 15.449.809,80 provenientes do MDR, e R$ 9.904.421,47 disponibilizados pelo Governo de Minas. No fim do ano de 2021 foi aprovado pelo atual governo o aumento do valor de contrapartida do Estado, passando de R$ 1.544.980,97 para R$9.904.421,47, garantindo a execução das obras.

 

ETAPAS

Para primeira etapa do programa, a Semad formalizou, em agosto de 2020, a contratação de diagnósticos socioambientais em comunidades mineiras com vistas à aplicação da metodologia PAD.

 

A segunda etapa, finalizada recentemente, foram os chamados testes de vazão em poços tubulares das comunidades beneficiadas. Nesse processo, foi feita a análise físico-química e bacteriológica das águas dos poços, o que envolve a avaliação de mais de 50 substâncias contidas na água. “Em todas as etapas, a população participou ativamente e acompanhou cada ação. Agora, estão todos ansiosos para o resultado final”, comenta o coordenador do PAD em Minas e capitão da Polícia Militar, José Ocimar de Andrade Junior. A fase final do projeto prevê monitoramento e manutenção das estações, com visitas técnicas sendo realizadas periodicamente.

 

Luciane Evans
Ascom/Semad

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