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Governo de Minas abre participação na COP27 e destaca iniciativas para enfrentar a crise climática

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Foto: Divulgação/Sisema
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Roda de conversa promovida pelo ICLEI abriu participação de Minas na COP27


O Governo de Minas fez a sua primeira participação, nesta segunda-feira (7/11), na 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2022 (COP27), que acontece na cidade de Sharm el-Sheikh, no Egito. Na ocasião, a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Marília Melo, fez parte de uma roda de conversa que tratou sobre medidas para governos locais enfrentarem a crise climática.

A roda de conversa marcou a abertura de eventos no pavilhão da organização não-governamental ICLEI - Governos Locais pela Sustentabilidade, que tem como foco governos locais e autoridades ambientais. A ideia é destacar ações de municípios e cidades no que diz respeito aos eventos climáticos extremos. Além de Marília Melo, outro representante brasileiro no debate foi o prefeito de Niterói, Axel Grael.

Em seu discurso, Marília Melo fez um resumo sobre as ações em curso em Minas Gerais, como a construção do Plano de Ação Climática e a conclusão do 4º Inventário de Emissões e Remoções Antrópicas de Gases de Efeito Estufa. A secretária também falou sobre o Índice Mineiro de Vulnerabilidade Climática (IMVC) e o Clima na Prática.

A partir do inventário, por exemplo, é possível identificar setores e subsetores que mais emitem gases de efeito estufa, podendo, assim, elaborar um planejamento estratégico de redução de emissões em todo o estado. Já o Plano de Ação Climática, pautado por diagnóstico de políticas públicas, planos e projetos ligados à agenda climática em nível estadual, tem previsão de conclusão para novembro. A expectativa é que o documento subsidie a trajetória para a neutralidade das emissões líquidas de gases de efeito estufa no estado.

“O Plano Estadual de Ação Climática de Minas Gerais tem como principal objetivo apontar a trajetória do território estadual em direção a atingir o cenário de neutralidade de emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050 e se adaptar aos efeitos da mudança do clima, minimizando as possíveis perdas materiais e imateriais”, disse a secretária.

IMVC e Clima na Prática

Marília também citou o IMVC, que é fundamental para a base das políticas públicas desenvolvidas pelo Governo de Minas para o enfrentamento às mudanças climáticas. O índice é uma junção de três indicadores: sensibilidade, capacidade de adaptação e exposição. O índice final das regiões é a média dos indicadores.

Os dados mostram que, em relação à sensibilidade, cerca de 68% dos municípios mineiros têm sensibilidade alta ao clima, sendo 5% com sensibilidade muito alta. A exposição muito alta e extrema encontra-se concentrada no Norte de Minas e no Jequitinhonha. Ao todo são 102 municípios em Minas Gerais com esses níveis de exposição, onde há cerca de 2 milhões de habitantes.

Outra medida enfatizada pela secretária foi o Clima na Prática, instrumento desenvolvido em 2020 para apoiar a concepção e criação de políticas públicas, planos e ações locais de combate às mudanças climáticas. A ideia foi adaptada de uma experiência francesa.

“O Clima na Prática foi criado para apoiar os municípios mineiros, ajudando-os a desenvolver iniciativas de baixo carbono e adaptação do território, enfrentando os efeitos das mudanças climáticas. É composto por uma ferramenta de suporte para avaliação da matriz de conformidade climática local e um conjunto de documentos de apoio que trazem as ações e etapas a serem seguidas para cada um dos oito temas com potencial de redução de impactos relacionados às mudanças climáticas”, explicou Marília.

Os temas são Estratégia; Participação e Cooperação; Urbanismo e Ambiente Construído; Agricultura e Pecuária; Cobertura de Vegetação Nativa; Gestão e Produção de Energia; Gerenciamento de riscos; e Mobilidade. Para cada um desses grupos, a ferramenta apresenta um conjunto de iniciativas, totalizando 42 ações a serem colocadas em prática para que os municípios se adaptem aos efeitos adversos do clima.

Minas na COP27

Além de apresentarem o que tem sido adotado no estado para alcançar a redução dos Gases de Efeito Estufa (GEE), a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo e o presidente da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Renato Brandão, participam ainda como espectadores de palestras internacionais sobre as ações feitas em outros países para mitigar os efeitos da mudança climática.

A COP27 acontece de 6 a 18 de novembro. Compõe a comitiva mineira a secretária de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Marília Melo; o presidente da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), Renato Brandão; a chefe de gabinete da Feam, Renata Araújo; o diretor de Atração de Investimentos da Invest Minas, Ronaldo Barquette; o presidente do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), Marcelo Bonfim; o diretor-executivo do BDMG, Edmilson Gama da Silva; o secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Thales Almeida; o chefe do Núcleo de Gestão Ambiental da Seapa, Pedro D´Angelo Ribeiro; o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg), Antônio Pitangui; a assessoria de Sustentabilidade da Faemg, Ana Paula Bicalho e o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Flávio Roscoe.

Matheus Adler
Ascom/Sisema

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