O representante da Prefeitura de Belo Horizonte e coordenador executivo do Programa Drenurbs, Ricardo Aroeira, falou sobre o programa de saneamento ambiental desenvolvido pela prefeitura e que tem como proposta a recuperação dos córregos não canalizados do município. De acordo com Aroeira, na primeira fase do programa está previsto a recuperação das sub-bacias 1º de maio, Baleares, Nossa Senhora da Piedade, Engenheiro Nogueira e bom sucesso. Três delas já concluídas e duas em andamento. Estima-se que o custo final do programa seja de 200 milhões de reais.
A grande contribuição do Programa ao Projeto Estruturador do Governo de Minas é a proposta de sanear os fundos de vale, combatendo as causas da poluição das águas. Além disso, o programa prevê também um sistema de monitoramento e alerta contra inundações, com investimentos de cerca de 4,8 milhões para o acompanhamento dos eventos de chuva, diagnóstico e sistema de alerta de enchentes.
A experiência de despoluição do rio Danúbio foi apresentada pelo especialista em gerenciamento de recursos hídricos, professor Dr. Wolfgang Staltzer. Ele explicou a realidade do rio, que nasce na Floresta Negra, na Alemanha, e deságua no Mar Negro, cortando nove países. “Essa situação é bastante desafiadora, pois o rio corta países de situações econômicas diversas”, ressaltou.
O rio Danúbio ocupa um lugar de destaque no sistema de transporte, pois é utilizado como um importante ponto de ligação entre distintos lugares dentro da Europa. Suas águas são importantes fontes de renda, uma vez que percorrem diversas áreas de elevados níveis industriais e também importantes centros urbanos. Ele não é marcado somente pelo seu potencial econômico e logístico, mas também pelo elevado volume de poluentes que recebe ao longo de seu trajeto pelo continente, que são oriundos de diferentes fontes como: resíduos urbanos (esgotos e outros), orgânicos, agrotóxicos e indústrias mineradoras, de papel e químicas.
Para a preservação do rio Danúbio, foi criada a Comissão Internacional para a Proteção do Danúbio (ICPDR), que trabalha para assegurar a utilização sustentável e equilibrada dos recursos de água doce e águas da bacia. Seus principais objetivos são, além de garantir a melhoria da qualidade da água com a diminuição da carga poluidora, reduzir o insumo de substâncias perigosas, controlar as enchentes, aumentar a navegação, o turismo e a recreação, além de manter as áreas protegidas e os parques naturais.
Staltzer falou também da importância da participação das organizações não-governamentais no processo de revitalização do rio. “As ONGs devem participar, isso é muito importante para nós, pois elas nos auxiliam a levantar a consciência das pessoas para a melhoria da gestão do rio Danúbio”, frisou.
Recentemente foi criado o Programa de medidas conjuntas com objetivos até 2015, abrangendo toda a bacia do rio Danúbio. Entre as medidas propostas estão o tratamento biológico das águas residuais, o tratamento de esgoto, melhorias nas técnicas para que as indústrias não lancem produtos perigosos no leito do rio e a garantia da migração dos peixes ao longo do rio. Segundo Staltzer, atualmente estão envolvidos no programa de revitalizado do Danúbio 6.224 municípios, sendo que 2.900 ainda não possuem sistema adequado de coleta e tratamento de esgoto, principalmente no médio baixo Danúbio. “Esperamos reduzir as emissões no tempo determinado, instalar um número maior de plantas de tratamento de esgoto e diminuir a carga de nutrientes como o nitrogênio e o fósforo, mas para isso, esforços significativos ainda precisam ser feitos”, finaliza.
Fonte: Ascom/Sisema
Acesse para mais notícias do Governo de Minas Gerais: Agência Minas e Blog.
Acesse a Galeria de Fotos do Governo de Minas Gerais.
Acompanhe também no www.youtube.com/governodeminasgerais.
