A matriz energética mineira e brasileira foi tema de debate na 16ª reunião ordinária da Câmara Temática de Energia e Mudanças Climáticas do Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), realizada nesta quinta (20/05), em Belo Horizonte. A discussão abordou os desafios e as oportunidades para os Estados e para a sociedade diante da busca de sustentabilidade na geração de energia.
O Presidente da Light Energia S.A., Jerson Kelman, fez uma apresentação do cenário atual da geração de energia no país. Ele destaca que, atualmente, 75% da energia gerada no Brasil tem origem hidrelétrica, opção “limpa”, que não contribui com o lançamento de gases que provocam o efeito estufa, mas que gera grandes discussões no momento da instalação das usinas. “A instalação de usinas termelétricas, embora cause menos problemas ambientais locais é responsável pela emissão de grande quantidade de gases”, analisa.
Kelman aponta ainda a necessidade de buscar canais democráticos para equacionar os conflitos gerados pela instalação de grandes empreendimentos públicos, não só de geração de energia. “O Brasil ainda não solucionou a questão do conflito entre os interesses, das comunidades atingidas pela instalação de usinas hidrelétricas e da maioria que será beneficiada pela produção de energia”, afirma. “Ambos são interesses legítimos e que precisam ser tratados com respeito e carinho”, completa.
Minas
O secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, afirma que o Brasil vive um momento decisivo para se posicionar sobre a matriz energética que adotará. “O crescimento médio do país de 5% ao ano como vem se delineando exigirá o aumento da oferta de energia”, ressalta.
Para o secretário é necessária uma discussão integrada sobre a questão permitindo que a sociedade participe da decisão de qual matriz energética é a mais adequada. “A discussão fragmentada sobre o licenciamento dos empreendimentos isolados ofusca a questão central que é a opção estratégica do país por uma matriz”, destaca.
Carvalho observa que o Brasil é um país que tem uma vocação para trabalhar com fontes energéticas renováveis e limpas e os investimentos devem ser feitos nesse rumo. Ele destaca o estudo sobre o potencial de Minas Gerais para geração de energia eólica, lançado no dia 7 deste mês pela Cemig. O documento indica que o Estado possui um potencial de geração de 40 GW, 2,7 vezes maior que a Usina de Itaipu sem emissão gases, geração resíduos e com impacto ambiental bem menor do que outras matrizes energéticas.
José Carlos Carvalho observa que a iniciativa da Cemig demonstra o interesse do Estado em investir em matrizes energéticas limpas. ”Além do mapeamento do potencial energético eólico do estado já inclui um plano de trabalho para atrair investidores”, explica. O Atlas orientará empreendedores e investidores interessados em energia eólica, a exemplo dos estudos que a Cemig já está realizando, em parceria com a empresas privadas para a instalação de um parque eólico em Minas.
Fonte: Ascom/Sisema
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