O Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), apresentou na tarde da última terça-feira (22), no Centro Mineiro de Referência em Resíduos (CMRR), o relatório final do diagnóstico ambiental “Velhas Sustentável”. O documento apresenta, além de todo um estudo da bacia, os problemas enfrentados e aponta possíveis soluções para minimizar os impactos sofridos pelo rio.
“Esse é um momento muito importante e significativo, pois representa um marco nas ações para revitalização do rio das Velhas”, ressaltou a coordenadora executiva do Projeto Estruturador Meta 2010, Myriam Mousinho. De acordo com ela, desde 2007, as ações para despoluir o rio foram estruturadas de acordo com o Plano Diretor da Bacia do rio das Velhas. Desde lá, o governo de Minas já aplicou cerca de R$ 1 bilhão em 172 obras para recuperação da qualidade das águas, além de ações como a recuperação da base florestal, atividades de educação ambiental, desenvolvimento de um sistema de informações integradas sobre o monitoramento da qualidade da água e a viabilização da navegação turística no trecho metropolitano do Rio das Velhas.
O Diagnóstico Velhas Sustentável apontou os principais problemas nas sub-bacias do rio das Velhas, com foco na área da Meta 2010 e propôs ações. Com informações utilizadas do Zoneamento Ecológico Econômico, número de Estações de Tratamento de Esgoto, captações da Copasa, pontos de lançamento, resíduos sólidos, proposta de áreas protegidas, unidades de conservação, cobertura vegetal, empreendimentos licenciados, outorgas e qualidade da água, fornecidas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), além de outros parceiros, foi possível a consolidação do documento.
Com a realização de oficinas nas sub-bacias dos rios Itabirito, do Peixe, Jequitibá, Caeté-Sabará, Taquaraçu, Jaboticatubas e das sub-bacias dos Ribeirões do Arrudas, Onça e do Ribeirão da Mata e a contribuições das comunidades envolvidas com representação de prefeituras, setor produtivo e sociedade civil, foi possível fazer uma radiografia dos problemas ambientais na área de abrangência do Projeto Estruturador de Revitalização do Rio das Velhas – Meta 2010.
Uma das propostas apresentadas foi a realização de projetos de intervenção de saneamento como, por exemplo, o de Sabará, que está pronto e a elaboração de projetos para outras 13 comunidades rurais. Com relação às intervenções de saneamento e fundo de vales, foi proposta a implantação e/ou ampliação de Estações de Tratamento de Esgoto, principalmente em Belo Horizonte, Confins, Lagoa Santa, Matozinhos, Nova Lima, Ribeirão das Neves, Santa Luzia, São José da Lapa e Vespasiano, além da implantação de interceptores e ETEs e ampliação da rede coletora nos municípios de Itabirito e Caeté. Algumas ações de saneamento como a eliminação de 727 lançamentos indevidos já foram realizadas de 2007 a 2009.
Outras ações como o Estudo de Batimetria para navegação turística; parcerias com Emater e Ruralminas para a implantação de bacias e terraços para contenção de água de chuva, melhoria da infiltração de água no solo e a proteção de nascentes; o saneamento ambiental da bacia do Ribeirão arrudas; a integração de informações da rede de monitoramento da qualidade da água, que será disponibilizado no site da Meta 2010 ainda neste ano; ações de educação ambiental e mobilização; criação de unidades de conservação; realização de consórcios com outros municípios para o gerenciamento de resíduos sólidos; apoio aos municípios, dentre outras, foram apresentadas no diagnóstico. “O mais importante é que, no resultado do diagnóstico, o papel de cada parceiro envolvido no Projeto Estruturador Meta 2010 pôde ser claramente definido”, diz Myriam Mousinho.
Fonte: Ascom/ Sisema
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