O Ano Internacional da Biodiversidade é comemorado na Cidade Administrativa de Minas Gerais de terça (14) até sexta-feira, 17 de dezembro. Exposições com trabalhos desenvolvidos pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF), que é parte do Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema), e parceiros foram montadas nos pilotis dos prédios Minas e Gerais e estão abertas aos funcionários e também para o público em geral.
No prédio Minas estão expostas técnicas de prevenção a incêndios florestais, equipamentos, ações de educação ambiental da Gerência de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais. “Tentamos reproduzir os ambientes de atuação para contextualizarmos o trabalho do Previncêndio. O público tem demonstrado bastante interesse”, explica o gerente da área, Bruno Passini.
A gerência de Pesca do IEF trouxe para exposição o projeto Oficina de Pesca Mirim, que atualmente é realizado em parceria com a Fundação Zoobotânica, no aquário com as espécies do Rio São Francisco, que fica no Zoológico de Belo Horizonte. Outro programa apresentado é a “Expedição da Fauna Aquática e Pesca – Navegando com o Theo pelo Velho Chico”, um projeto de educação ambiental que percorreu, este ano, 10 municípios banhados pelo São Francisco.
A auxiliar de serviços gerais que trabalha no prédio Gerais, Joana Darc, passou pela exposição da Pesca e aproveitou para conhecer um pouco mais sobre os trabalhos desenvolvidos e informações sobre as espécies que habitam o Velho Chico. “Não conhecia quase nada sobre o tema, gostei muito e indico para que outras pessoas venham visitar”, destaca a visitante.
Quem visitar a exposição vai ainda poder participar de um abaixo assinado para eleger o macaco Muriqui-do-Norte, o maior primata das Américas, como mascote das Olimpíadas de 2016. Esta é uma das propostas da Gerência de Proteção a Fauna, Flora e Bioprospecção do IEF, que também apresenta a Expedição Fauna das Gerais, que percorreu os Parques Estaduais Serra do Brigadeiro, Pico do Itambé, Serra das Araras, Mata Seca, Verde Grande, Lagoa do Cajueiro, Serra do Papagaio, Biribiri e do Rio Preto, além da Área de Proteção Ambiental (APA) Pandeiros e os Refúgios da Vida Silvestre do Rio Pandeiros e Chapada Gaúcha.
Fotografia
Além das exposições das ações do IEF e parceiros, o fotógrafo do Instituto, Evandro Rodney, selecionou cerca de 90 fotos de seu acervo de mais de 5 mil imagens. Ampliadas, formando mosaicos, as peças compõem a exposição sobre a Biodiversidade. A finalidade é apresentar parte do que há de mais exuberante na fauna e na flora mineiras.
De imagens dos animais, passando pela dura realidade das chamas consumindo a natureza nas áreas de preservação do estado, até as que mostram a vida simples das comunidades que vivem no entorno dos Parques Estaduais, as fotos representam a Mata Atlântica, a Caatinga e o Cerrado, três principais biomas encontrados em Minas.
Segundo o fotógrafo, que há alguns anos se dedica a fotografar as Unidades de Conservação de Minas Gerais, as peças foram selecionadas pela beleza e diversidade. “Temos imagens da fauna, da flora, das queimadas e outras que foram escolhidas em homenagem ao Velho Chico”, explica, se referindo ao rio São Francisco.
Para Rodney, a fotografia tem um papel importante. “Ela eterniza, denuncia, provoca, transforma, instiga, conscientiza e mexe com a imaginação das pessoas”, afirma.
Parque Estadual do Sumidouro
Os visitantes do pilotis do prédio Gerais têm a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o Parque Estadual do Sumidouro que, desde novembro, está aberto à visitação. O aproveitamento de casas e madeiras feitas de forma sustentável também é tema de exposição.
Em parceria com a Floresta Estadual do Uaimií – Rio das Velhas, a Associação de Doceiros e Agricultores Familiares do Distrito São Bartolomeu montou um stand com os produtos feitos pelas 40 famílias cadastradas no projeto: doces e geleias com frutas típicas da região, feitos em tachos de cobre e fornalhas abastecidas com lenha apreendida e doada pelo IEF. A gerente da Floresta, Laudicena Curvelo, diz que a parceria é benéfica para ambos os lados. “Os doceiros utilizam lenhas apreendidas e a Unidade de Conservação é preservada, já que evita o desmate ilegal na floresta”, conclui.
O projeto do Centro de Visitantes do Parque, que deverá ser concluído em 2011, também está em exposição, com a rica biodiversidade do parque, os atrativos turísticos e a história da Casa Fernão Dias, com descrições do percurso realizado pelo cientista Peter Lund, o primeiro a realizar pesquisas na região de Lagoa Santa, ainda no século XIX. Nesta região, está em implantação o Projeto Rota Lund, um circuito turístico, que resgata e apresenta o patrimônio natural, histórico e arqueológico do Carste de Lagoa Santa.
O fabricante de casas de madeira, Estênio Moura, expôs projetos e peças elaboradas com peças de eucalipto de forma sustentável. Estênio relata que utilizar a madeira de forma correta e de acordo com as normas vigentes no Estado traz benefícios pessoais e profissionais, “é encantador ganhar dinheiro e colaborar com o meio ambiente”, conclui.
As exposições podem ser visitadas até o dia 17, nos prédios Minas e Gerais, da Cidade Administrativa.
Fonte: Ascom/ Sisema
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