A qualidade da água apresentou melhorias em toda a extensão dos rios Fubá e Muriaé do município de Miraí, na Zona da Mata, até Itaperuna, no Rio de Janeiro. Desde o rompimento da barragem da mineração Rio Pomba Cataguases, técnicos do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) têm coletado, diariamente, amostras da água em seis pontos distintos.
Nesta segunda-feira (15), o índice de tubidez no rio Muriaé, próximo ao município de mesmo nome, era de 568 UNT (Unidade Nefelométrica de Turbidez). No dia anterior, era de 1.446. O índice de turbidez mede a quantidade de areia e argila, entre outros sedimentos misturados e não dissolvidos na água. Segundo a Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) 357/2005, o índice máximo para corpos d´água enquadrados como 'Classe 2' é de 100 UNT.
Em Laje de Muriaé, no Rio, antes da lama provocada pelo rompimento da barreira chegar ao município, o índice de turbidez era de 833 UNT, com um pico de 1.790 no último sábado (13). Ontem, o índice era de 779 UNT. Em Itaperuna, o índice de turbidez baixou de 1.408, no domingo, para 604, ontem.
Segundo os dados coletados pelo Igam no rio Fubá a 10 km da barragem de rejeitos da Rio Pomba Mineração, ontem, o índice de turbidez detectado foi de 4.840. No dia do rompimento da barragem, o índice chegou a 89 mil UNT.
Oxigênio na água
Segundo o diretor geral do Igam, Paulo Teodoro de Carvalho, a presença de oxigênio dissolvido na água não apresentou alterações significativas pela presença da lama. "No ponto de coleta no rio Fubá, próximo à barragem da Rio Pomba Cataguases, o índice vem melhorando diariamente, subindo de 6,6 (12/01) para 7,7 (15/01)", afirmou. A Resolução Conama 357/2005 define como padrão para os corpos d´água enquadrados como 'Classe 2' o índice mínimo de cinco.
Em Itaperuna, o índice também apresentou melhorias. No dia 11 de janeiro, antes da chegada da mancha de lama, o índice era de 6,6. Ontem, a amostra coletada pelos técnicos do Igam apresentou um índice 7.
O monitoramento da qualidade da água continua sendo realizado diariamente pelos técnicos do Igam. Amostras de água foram enviadas para análise toxicológica para a Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais (Cetec) para confirmação da ausência de produtos tóxicos. Os resultados ficarão prontos em 10 dias.