O aquecimento global e o papel do homem na solução dos problemas decorrentes desse processo foram os temas de um encontro promovido no dia 15 pelo Governo de Minas, na nova sede do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema), em Belo Horizonte. Durante o debate, autoridades e especialistas de universidades públicas, integrantes do Fórum Mineiro de Mudanças Climáticas, comentaram o relatório das Nações Unidas sobre aquecimento global e seus possíveis efeitos na realidade socioeconômica do Estado.
Em Minas, o aquecimento significaria, principalmente, aumento dos focos de incêndio e problemas na agricultura, especialmente nas culturas de soja e café, diz o pesquisador da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Luiz Cláudio Costa. "O aquecimento acentua os extremos, ou seja, mais chuvas em determinados lugares e menos em outros, acarretando problemas de inundações e secas", explica.
Outra possível mudança, apontada pelo secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, é no regime de chuvas, o que obrigaria um redimensionamento de barragens de indústria e mineração. Esses problemas e outros ligados à matriz energética atual, baseada em combustíveis fósseis, são, de acordo com os participantes, os desafios a serem enfrentados pelos mineiros nesse século.
Participaram do encontro do Fórum de Mudanças Climáticas, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho; o secretário Executivo do Fórum Mineiro de Mudanças Climáticas, Milton Nogueira; os pesquisadores das universidades Federal de Minas Gerais ( UFMG) e de Viçosa (UFV), professores Gilberto Caldeira e Luiz Cláudio Costa; e o coordenador do 3º relatório sobre mudança climática do Painel Intergovernamental sobre Mudanças do Clima, Luiz Gylvan.
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