O trabalho desenvolvido do país no combate ao desmatamento foi o tema principal do evento paralelo da Rio+20, Política brasileira para reduzir o desflorestamento: lições, aprendizado, desafios e oportunidades, nessa quinta-feira (21/06).
A ministra do Meio Ambiente do Brasil, Izabella Teixeira, afirmou que é necessário avançar nas discussões para chegar ao “desmatamento zero”. “É preciso acabar com o pensamento estreito dos que ainda acham mais lucrativo desmatar para dar lugar a agricultura e outras atividades econômicas”, afirmou.
Janice Drumond – Ascom/Sisema
Ministra Izabella Teixeira (2ª da dir. para a esq.) criticou o “pensamento desmatador”
No evento, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Adriano Magalhães, observou que Minas Gerais vem redobrando os esforços para conter o desmatamento no Estado e que alguns resultados já podem ser observados. Ele destacou o estudo divulgado em maio pela Fundação SOS Mata Atlântica que revelou crescimento da área remanescente de Mata Atlântica em Minas Gerais.
Minas Gerais possui a maior área remanescente do Brasil e conta atualmente com 3.087.045 hectares contra 2.624.626 hectares registrados no estudo anterior da Fundação, divulgado em 2011.
Preservação
O ministro alemão do Desenvolvimento e Cooperação Econômica, Dirk Niebel, observou que a Rio+20 não é uma simples conferência. “Na Alemanha, temos a tradição de nunca cortar mais árvores do que podemos plantar”, afirmou em referência à necessidade de se combater o desmatamento.
Já o ministro do Meio Ambiente da Noruega, Bard Vegar Solhjell, observou que o fim do desmatamento exigirá uma quebra de paradigma. “É necessário mudar a situação atual na qual se paga mais pelas árvores mortas do que pelas vivas”, ressaltou.
Em Minas, o programa Bolsa Verde vem remunerando proprietários rurais pela conservação de áreas com cobertura vegetal nativa. Em 2011, o programa beneficiou 978 famílias pela preservação de 32 mil hectares de vegetação em todo o Estado.
Adriano Magalhães salienta ainda o trabalho de recuperação de áreas que é uma das ações do Projeto Estratégico Conservação e Recuperação da Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, gerenciado Instituto Estadual de Florestas (IEF). “Vem sendo recuperados cerca de 17 mil hectares por ano”, completou.
Outra medida adotada pelo Governo de Minas para impedir a supressão de áreas de vegetação nativa é a regulamentação dos mecanismos para reposição florestal no Estado. Os diversos segmentos consumidores são obrigados a recompor o volume explorado, realizando o plantio de espécies florestais adequadas somente em áreas já utilizadas.
Janice Drumond – Ascom/Sisema
O secretário Adriano Magalhães participou do evento sobre
ações brasileiras no combate ao desmatamento
O secretário explica que a nova regulamentação da reposição florestal estava prevista na alteração sofrida pela Lei Florestal Estadual 14.309 em 2008. A medida estabeleceu a redução gradual do consumo de produtos e subprodutos florestais provenientes das matas nativas pelas empresas no Estado até atingir o máximo de 5% a partir 2018.
O evento Política brasileira para reduzir o desflorestamento: lições, aprendizado, desafios e oportunidades foi parte da programação paralela da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20. O encontro é realizado no Rio de Janeiro e termina hoje, 22 de junho.
Assessoria de Comunicação
Sistema Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Sisema)
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