Semad e PM apreendem animais que eram transportados ilegalmente via Sedex
Qua, 11 de Junho de 2014 16:02
A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e a Polícia Militar de Meio Ambiente apreenderam, na tarde da terça-feira (10), animais que estavam sendo enviados, ilegalmente, via Correios entre municípios mineiros. Quatro serpentes, sendo três delas conhecidas como Corn Snake e uma Jibóia, além de um jabuti estavam em uma pequena caixa de Sedex e foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres de Belo Horizonte, administrado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) e pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Foto: Arquivo Semad
As espécies apreendidas foram encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres
De acordo com o médico veterinário e chefe de Fiscalização da Fauna da Semad, Daniel Colen, a denúncia foi feita por funcionários dos Correios que desconfiaram da encomenda. “Ao passarmos a caixa pelo equipamento de raio-x, conseguimos identificar os animais que ainda estavam vivos, apesar de desidratados”, afirma Colen.
As espécies estavam juntas e as serpentes foram enroladas e colocadas dentro de meias femininas. “É de chocar a covardia dos infratores”, lamenta o veterinário. Segundo ele, foi lavrado auto de fiscalização pela Semad e os policiais preencheram boletim de ocorrência uma vez que a tentativa de transporte se configura como crime ambiental. “Provavelmente será instaurado inquérito policial contra remetente e destinatário já que, além de cometerem crime contra o meio ambiente, esse tipo de transporte também é proibido de acordo com a lei 6538/78, que regulamente os serviços postais”, explica.
Os animais que foram encaminhados para o Centro de Triagem de Animais Silvestres de Belo Horizonte estão se recuperando dos danos sofridos com o transporte irregular. “Eles estão em processo de recuperação e, em breve, poderão ser reintroduzidos ao meio ambiente, no caso da jiboia e do jabuti, ou encaminhados para criadores particulares”, afirma Colen.
Ana Carolina Seleme
Ascom Sisema