A Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), por meio da Diretoria de Prevenção e Emergência Ambiental divulgou, na manhã desta quinta-feira (27), a Atualização do Atlas de Vulnerabilidade às Inundações. Esse estudo, que teve sua primeira versão lançada em 2013, revela os pontos mais propícios a inundações em diversas regiões de Minas Gerais e tem o objetivo de servir como base de informações para que sejam desenvolvidas ações a fim de minimizar os impactos provocados por esse tipo de desastre. O lançamento foi feito durante o Seminário Emergência Ambiental – Gerenciamento de Crises na Emergência Ambiental e Outros Eventos, promovido pela Semad em parceria coma Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg).
De acordo com dados do Atlas 2014, Minas Gerais tem 8394 trechos com alta vulnerabilidade de inundações e que devem ser foco das ações públicas de controle ou mitigação, sejam elas estruturantes, como obras e construção de bacias de contenção, ou não estruturantes, como as redes de alerta de inundação. Segundo o gestor ambiental da Semad, Pedro Barbosa, o estudo aponta que dos 974 mil trechos de corpos d’água localizados em Minas, 24 mil são inundáveis ou já inundaram alguma vez. “Especificamente no período chuvoso de 2013 a 2014, 1303 pontos inundaram, sendo que as bacias do rio Caratinga, rio Buraen e rio Itabacuana são as que apresentam a maior porcentagem de inundação, todas localizadas na região Leste do estado”, explica.
Foto: Arquivo Semad
O lançamento foi feito durante o Seminário de Emergência Ambiental promovido pela Semad em parceria coma Fiemg
Barbosa afirma que para obter os resultados foi importante envolver as comunidades das regiões onde há tendência de inundações. “Fizemos isso por meio das Coordenadorias de Defesa Civil de cada município”, destaca. Segundo ele, o Atlas aponta as inundações que já ocorreram, mas serve, também, para ajudar a identificar padrões, ou seja, os locais onde a ocorrência de inundações é elevada. “Elaboramos três mapas: um que trata da frequência de inundações, outro do impacto e um da vulnerabilidade calculada para cada trecho”, explica.
Segundo ele as bacias com maior numero de ocorrências de inundações foram as dos rio São Francisco, rio Doce e rio Grande e a maioria com alta frequência de inundações, ou seja, períodos menores que cinco anos. “Com base nos dados fornecidos pelas Defesas Civis municipais vimos que tinham 103 municípios com possibilidade de ocorrer inundação. Em 47 deles houve inundações e conseguimos, junto com as comunidades locais, detectar os trechos inundáveis”, ressalta o gestor ambiental.
Seminário
Durante o primeiro dia de seminário, que termina nesta sexta-feira (28), ainda foram discutidos outros temas entre eles o Diagnóstico da estiagem em Minas e a tendência climática do período chuvoso 2014/2015, apresentado por Adelmo Correia, meteorologista do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam); a atuação do órgão ambiental de Minas Gerais na prevenção e respostas às emergências ambientais envolvendo incêndios florestais, abordada por Rodrigo Belo, diretor de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais da Semad; Escassez Hídrica – Desafios para a Gestão de recursos hídricos, apresentada pela diretora de Pesquisa, Desenvolvimento e Monitoramento das Águas, Ana Carolina Miranda Lopes, entre outros assuntos.
Amanhã, ainda dentro da programação do seminário, será lançado o Mapa de Acidentes Ambientais de Minas Gerais, produzido pela diretoria de Prevenção e Emergência Ambiental da Semad. O evento está sendo realizado no auditório da Federação das Indústrias de Minas Gerais (Fiemg), localizado na avenida do Contorno, 4520, bairro Funcionários.
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Ana Carolina Seleme
Ascom Sisema