As equipes de combate a incêndios florestais em Minas Gerais tiveram um final de semana de grande volume de trabalho. Três incêndios mobilizaram cerca de 160 pessoas de diversas instituições e aeronaves da Força-Tarefa Previncêndio para debelar os focos.
Na divisa com o município de Nova Lima, na Serra do Curral, o incêndio foi identificado às 14 horas do domingo (05/08) e extinto às 9 horas desta segunda (06/08). A Força-Tarefa Previncêndio, do Governo do Estado, enviou dois helicópteros e três aviões Air-Tractor de combate a incêndios florestais. Cerca de 100 pessoas do Instituto Estadual de Florestas (IEF), da Defesa Civil, do Corpo de Bombeiros, da Polícia Militar, de brigadas voluntárias de combate a incêndios florestais e do Parque Municipal das Mangabeiras participaram do combate ao fogo. Foi o maior incêndio na Serra do Curral em cinco anos.
No domingo (05/08), quatro focos de incêndios simultâneos atingiram o Parque Estadual Serra do Rola-Moça, localizado nos municípios de Belo Horizonte, Ibirité, Nova Lima e Brumadinho. O incêndio foi identificado às 16 horas e debelado às 23 horas do mesmo dia por cerca de 29 pessoas das brigadas voluntárias de combate a incêndio do Parque e do Corpo de Bombeiros Militar. Este é o quarto incêndio que atinge o Parque em 2007.
No sábado (04/08), foi debelado um incêndio no Parque Estadual do Biribiri, no município de Diamantina, na região do Alto Jequitinhonha. O fogo começou na sexta (03/08) e foram necessários os esforços de cerva de 35 pessoas do IEF, Corpo de Bombeiros Militar, Polícia Civil e brigadistas voluntários locais. O trabalho teve o apoio de um helicóptero e quatro aviões da Força-Tarefa Previncêndio. Ainda não há estimativa da área atingida. O Parque Estadual do Biribiri é a unidade de conservação que mais sofreu com incêndios em 2007, com 19 ocorrências e cerca de 400 hectares atingidos.
Período crítico
Segundo a coordenadora da Força-Tarefa Previncêndio, Cláudia Melo, o mês de agosto é o auge do período crítico de incêndios florestais no Estado, que vai de maio a outubro. "Em 2007, o ar seco mais acentuado tem provocado um crescimento no número de focos de calor, o que não representa necessariamente incêndios florestais", afirma.
Em julho de 2007 foram detectados 944 focos de calor em todo o Estado. Em 2006, foram 643 focos. "Desde janeiro, foram 2.417 focos em Minas contra 1.391 no ano passado", afirma Cláudia Melo.
Cláudia Melo explica que muitos dos focos detectados pelos satélites que monitoram o Estado são queimas controladas e autorizadas pelo IEF. "Agosto é o mês em que os produtores rurais iniciam os preparativos para o ano agrícola e muitos produtores rurais adotam o uso do fogo para limpeza de terrenos", observa. A prática, feita de forma descontrolada, é uma das principais causas de incêndios florestais.
Os técnicos do IEF vêm visitando proprietários rurais, especialmente os que vivem no entorno das unidades de conservação, para sensibilizá-los sobre a importância do uso correto do fogo. "A queima do terreno é permitida, mas é imprescindível que seja solicitada autorização e acompanhamento do IEF", explica Cláudia Melo.
Os focos de calor e a evolução dos incêndios florestais podem ser acompanhados no sítio do IEF na internet. A Base Operacional da Força-Tarefa Previncêndio mantém um sistema de vigilância dos focos de calor que funciona durante 24 horas por dia. Alertas e denúncias sobre incêndios florestais podem ser 0800 283 2323.
06/08/2007
Fonte: Ascom/Sisema