O Sistema Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (Sisema) recebeu nesta terça-feira (27/11) a visita da missão chinesa, representante da China Energy Conservation Investment Corporation (Cecic), organização governamental que atua na área de produção e conservação de energia e gestão e proteção ambiental. O objetivo da missão é conhecer as principais experiências brasileiras no setor de pesquisa e desenvolvimento de energias renováveis, aumento da eficiência energética e preservação dos recursos naturais.
Durante a visita, a diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), Cleide Pedrosa de Melo, e o diretor de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam), Paulo Eduardo de Almeida, apresentaram as ações do Sisema para minimizar e enfrentar os efeitos das mudanças climáticas em Minas.
Paulo Eduardo destacou que a Feam está desenvolvendo o 1º Inventário dos Gases de Efeito Estufa em Minas Gerais, relativo ao ano de 2005. O trabalho iniciou-se em julho de 2007 e a previsão é de publicá-lo em junho de 2008. "Estão sendo identificadas as principais atividades e os setores econômicos emissores de gases de efeito estufa no Estado", explica.
Outra ação do Sisema é o Protocolo de Intenções assinado com a Federação das Industrias de Minas Gerais (Fiemg) e a Associação Mineira de Defesa do Meio Ambiente (Amda) para adotar medidas para redução e neutralização de emissões dos gases de efeito estufa. "As empresas que aderirem ao protocolo deverão reduzir as emissões. O que não for passível de redução deverá ser quantificado e neutralizado com plantio de florestas, que absorvem o CO2", explica Paulo Eduardo.
De acordo com Paulo Eduardo, após a conclusão do Inventário dos Gases de Efeito Estufa, o Sisema irá elaborar mapas regionais de vulnerabilidade climáticas no Estado. "Com esse diagnóstico, Minas Gerais poderá elaborar medidas preventivas, com segurança técnica, para adaptação às mudanças climáticas", conclui.
Outros projetos do Sisema que propiciam a redução de emissores de gases de efeito estufa foram destacados, como o Minas sem Lixões e o Minas Trata Esgoto que contribuem na redução da emissão do metano. Foram apresentados o Promata e os projetos de recuperação de áreas degradadas e fomento florestal do Instituto Estadual de Florestas (IEF), que contribuem na absorção do CO2. A diretora-geral do Igam, Cleide Pedrosa, destaca que o Estado de Minas tem uma meta de até 2011 ampliar a área com cobertura de mata nativa de 33,8%, existente em 2005, para 34%, o que representa um aumento de 117 mil hectares.
O vice-presidente da Cecic, Chen Jin'en, explica que a proposta da organização é se transformar na maior e mais forte empresa de conservação de energia e proteção ambiental do mundo. Chen Jin'en ressalta que o grupo também pretende conhecer as oportunidades de negócios no País, na sua área de atuação.
Antes de chegar ao Brasil, no domingo (25/11), o grupo visitou os Estados Unidos. No país, visitaram primeiramente o Rio de Janeiro. Em Minas Gerais, visitaram também a Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) e, nos próximos dias, conhecerão outras experiências em geração de energias renováveis no Estado, além da Fiat Automóveis e da Prefeitura Municipal de Betim.
27/11/2007
Fonte: Ascom/Sisema