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CGFAI finaliza operação na região do Paraopeba

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O Comitê Gestor de Fiscalização Ambiental Integrada (CGFAI) encerrou nesta quinta-feira, 27, operação nos municípios de Paraopeba, Sete Lagoas, Papagaios e Araçaí, totalizando 71 fiscalizações. As ações tiveram início no dia 25 de março e os principais focos foram o transporte e comércio de carvão e a extração e beneficiamento de ardósia.

Ao todo, 38 profissionais, entre técnicos do Instituto Estadual de Florestas (IEF), Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) e da Polícia de Meio Ambiente e Trânsito (Dmat), formaram sete equipes, que percorreram os quatro municípios e também realizaram as fiscalizações dos caminhões de carvão nas siderúrgicas e estradas da região.

Somente nos dois primeiros dias dois caminhões de carvão foram apreendidos por apresentarem notas fiscais informando que a carga seria originada de reflorestamento, mas os técnicos constataram que, na realidade, o carvão teve origem nativa. A partir da deflagração da operação, o número de caminhões de carvão em circulação na região reduziu consideravelmente. Outros 20 caminhões ficaram retidos e, após vistoria, foram liberados.

A exploração e comércio de carvão e ardósia destacam-se como importantes atividades na região, sendo também as principais em atuação irregular. Quanto ao carvão, a principal irregularidade é a utilização de madeira nativa ao invés de árvores de reflorestamento. No que se refere à ardósia, o problema freqüente e que vem se agravando é a disposição inadequada dos rejeitos provenientes do beneficiamento da rocha, o que pode causar assoreamentos, comprometimento de nascentes e cursos d’água, entre outros danos ambientais.

Segundo o gerente de Fiscalização Ambiental da Fundação Estadual de Meio Ambiente (Feam) e coordenador da operação, Gilberto Soares, este foi um trabalho programado para atender, principalmente, a demandas do Ministério Público (MP). “Nenhum empreendimento foi fechado, mas vários deles foram autuados e entrarão em negociações com o MP”, explica. Na próxima semana será realizada uma reunião conjunta com o MP com a presença de cerca de 10 empreendedores irregulares para o estabelecimento de Termos de Ajustamento de Conduta (TAC). Caso não se chegue a um consenso, além de autuados, os empreendimentos poderão ser fechados.

 

Ascom / Sisema

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