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Estado investe na proteção de seu patrimônio natural

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O Governo de Minas investe R$ 55 milhões na conservação das áreas protegidas do Estado em 2008.

O Governo de Minas está investindo na conservação das áreas protegidas do Estado. Cerca de R$ 55 milhões serão aplicados em 2008 na criação, regularização fundiária e estruturação das Unidades de Conservação (Ucs) estaduais.

A conservação da biodiversidade é uma das metas do Governo definida em um dos 56 Projetos Estruturadores que orientam, dentre outras, a aplicação de recursos governamentais. O projeto ‘Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica', de responsabilidade do Instituto Estadual de Florestas (IEF), estabelece como meta a criação de, pelo menos, 80 mil hectares de Unidades de Conservação e a regularização fundiária de 30 mil hectares até o final deste ano.

Segundo a diretora de Áreas Protegidas do IEF, Aline Tristão Bernardes, até junho de 2008, foram criados cerca de 44 mil hectares de áreas protegidas, o que representa o cumprimento de mais de 50% da meta. Desse total, cerca de 9 mil hectares são  de Áreas de Proteção Integral e os outros 35 mil são referentes a 30 novas Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs).  "Foram criadas duas novas Unidades de Conservação: o Parque Estadual do Alto Cariri e o Refúgio de Vida Silvestre Mata dos Muriquis, no nordeste do Estado", destaca Aline.

A criação das unidades é o primeiro passo para a conservação das áreas. Uma vez criadas por lei, as UCs devem ser regularizadas fundiariamente para que as ações de preservação, conservação, administração e fiscalização possam ser realizadas. A diretora do IEF afirma que os Parques Estaduais da Serra do Brigadeiro (na Zona da Mata), Caminho dos Geraes (Norte) e Sumidouro (em Lagoa Santa) são as unidades cujo trabalho de regularização fundiária está mais adiantado.

Ela observa que todas as Unidades de Conservação estaduais já têm gestores e que está em andamento um processo para a contratação de 120 novos fiscais ambientais para o trabalho nessas áreas. "A presença humana é essencial para que o trabalho de preservação seja executado", afirma.

Estudos ambientais

Os estudos para a gestão das UCs têm destaque no trabalho do IEF. Atualmente, oito dessas áreas já possuem plano de manejo aprovado e 11 estão sendo elaborados. Aline Tristão também destaca o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE) de Minas Gerais como importante instrumento para a gestão ambiental do Estado. "As informações do Zoneamento permitem identificar todas as potencialidades e vulnerabilidades de qualquer área de Minas Gerais, servindo como importante ferramenta para a identificação de áreas a serem protegidas", afirma.

Novas unidades

Aline Tristão afirma que está em estudo a criação de novas unidades de proteção integral nos municípios de Paracatu e Serranópolis (no Norte do Estado), Grumarim (Zona da Mata) e na Serra de Ouro Branco. "A proposta para criação dessas unidades já inclui um estudo para a regularização fundiária", ressalta.

Ainda segundo a diretora, até dezembro deste ano, será implantado o Parque Estadual do Sumidouro. A unidade está recebendo investimentos de cerca de R$ 35 milhões na regularização fundiária e para a construção de um centro de visitantes e dos alojamentos.

Desde 2003, foram criadas 22 novas Unidades de Conservação em Minas Gerais, somando 506 mil hectares. São doze novos Parques com 128 mil hectares. O Estado tem, atualmente, 73 Unidades de Conservação, totalizando 1,4 milhão de hectares de áreas protegidas.

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