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1ª unidade de conservação do Estado completa 64 anos

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Cerca de 1,2 mil pessoas participaram das atividades comemorativas do aniversário do Parque Estadual do Rio Doce, encerradas no último sábado.

O Parque Estadual do Rio Doce completa nesta segunda-feira (14/07), 64 anos de criação. A unidade de conservação administrada pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) foi a primeira criada em Minas Gerais, sendo a maior área de Mata Atlântica contínua de Minas Gerais.

As comemorações do aniversário do Parque aconteceram entre os dias 5 e 12 de julho, quando aconteceram a 15ª Romaria Ecológica de Marliéria e a 5ª de Timóteo, que partem desses municípios e se encontram no Parque para a celebração. Cerca de 1,2 mil pessoas participaram da atividade, que foi celebrada pelo bispo emérito de Itabira e Coronel Fabriciano, Dom Lellis Lara.

As romarias reúnem as populações de diversos municípios do entorno do Parque para relembrar os trabalhos realizados pelo arcebispo de Mariana, Dom Helvécio Gomes de Oliveira, que na década de 1930 iniciou os esforços para conservação da área. Em 14 de julho de 1944 foi assinado o Decreto Lei nº 1.119, criando oficialmente o Parque.

O gerente da unidade, Marcus Vinícius de Freitas, destaca que em 2008 a comemoração do aniversário do Parque do Rio Doce completa 15 anos. "A celebração é um momento para estimular a reflexão sobre a importância da conservação da biodiversidade", afirma. "O aniversário do Parque coincide com o auge do período de incêndios florestais e é um momento para alertarmos a todos sobre o perigo que o uso inadequado do fogo representa para a floresta", ressalta.

O diretor-geral do IEF, Humberto Candeias Cavalcanti, observa que a criação do Parque foi o estímulo para a proteção das áreas naturais em Minas Gerais. "A partir do Rio Doce, o Estado iniciou um amplo trabalho de proteção e atualmente possui cerca de 1,5 milhão de hectares de áreas protegidas", afirma. Ele observa que, somente nos últimos cinco anos, o número de áreas protegidas aumentou 50%.

Cavalcanti afirma que até o final de 2008 serão concluídas as obras de adequação da infra-estrutura que estão sendo realizadas no Parque. Com isto, a unidade irá consolidar  sua posição de referência para os trabalhos de conservação e recuperação da Mata Atlântica no país. "Atualmente estão sendo executadas obras de melhoria no viveiro, além da estruturação dos novos laboratórios de pesquisa construídas na região do Revés de Belém, próximo ao Rio Doce, onde a vegetação está mais preservada", afirma. Também foi construído um Centro de Visitantes na localidade de Macuco, no município de Timóteo, além de um novo laboratório de pesquisa e novos postos de fiscalização no entorno do Parque.

Biodiversidade

O Parque Estadual do Doce possui 36.970 hectares de floresta tropical na porção sudoeste do Estado, a 248 km de Belo Horizonte, na região do Vale do Aço, com áreas nos municípios de Marliéria, Dionísio e Timóteo. A unidade de conservação abriga um sistema lacustre composto por quarenta lagoas naturais, dentre elas a Dom Helvécio que possui 6,7 km² e profundidade de até 32,5 metros. Animais ameaçados de extinção, como a onça-pintada, o macuco e o mono-carvoeiro, maior primata das Américas, podem ser observados na área do Parque.

A riqueza natural da unidade a transforma em um local imprescindível para a pesquisa para a conservação da Mata Atlântica no Estado. O Parque é o que tem o maior número de estudos sobre a biodiversidade em curso em Minas Gerais. Atualmente, são desenvolvidas cerca de 90 pesquisas sobre a fauna e a flora, com destaque para os trabalhos sobre os ecossistemas aquáticos presentes nas lagoas do Parque.

A conservação da floresta existente na área do Parque torna-o um local imprescindível para a de coleta de sementes e produção mudas para recuperação da Mata Atlântica em Minas. O viveiro da unidade é responsável pela produção de cerca de 250 mil mudas por ano, que são utilizadas nos programas de recuperação de áreas degradadas situadas na área de abrangência do bioma.

O Parque Estadual do Rio Doce é um dos mais procurados pelos turistas interessados em conhecer a biodiversidade de Minas. Atualmente, a unidade está em obras para melhorar a sua infra-estrutura para receber visitantes. A área de camping, os alojamentos e os serviços de barco e alimentação estão temporariamente fechados. Mesmo assim, o Parque continua aberto à visitação no horário de 8 às 17 horas.

O IEF e a Secretaria de Estado de Turismo têm buscado formular políticas conjuntas para estimular a visitação às unidades de conservação estaduais. De acordo com Humberto Candeias Cavalcanti, a inclusão da comemoração do aniversário do Parque no Calendário Oficial de Eventos de Minas Gerais será proposta à Secretaria de Turismo. "A celebração tem todos os elementos para estar presente na lista dos principais eventos turísticos de Minas", afirma.

Mais informações sobre a visitação ao Parque Estadual do Rio Doce podem ser obtidas junto à gerência da unidade de conservação pelo telefone (31) 3822.3006.


Fonte: Ascom / Sisema

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