Evento mobiliza governo e sociedade em torno da revitalização do Rio das Velhas.
A revitalização de rios, principalmente os que atravessam grandes áreas urbanas, tem mobilizado governos do mundo todo. Exemplos como o Tâmisa, em Londres; O Sena, em Paris; o Anacostia, em Washington e o rio Isar, na Baviera, Alemanha, além de experiências brasileiras como o rio Tietê em São Paulo, Rio Mosquito e o Rio das Velhas em Minas Gerais, serão apresentados entre os dias 8 e 10 de setembro no I Seminário Internacional sobre Revitalização de Rios, no Dayrell Minas Hotel à Rua Espírito Santo, 901, centro, Belo Horizonte.
O Seminário é uma realização do Governo de Minas, por meio do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema) e Copasa, em parceria com o Projeto Manuelzão e o Comitê da Bacia Hidrográfica (CBH) do Rio das Velhas. O evento está no âmbito do Projeto Estruturador Revitalização do Rio das Velhas em seu trecho metropolitano - meta 2010. O objetivo é conhecer iniciativas de sucesso desenvolvidas para a revitalização de rios e promover a reflexão e a troca de experiências entre gestores públicos e profissionais de diversas áreas, além de estimular iniciativas para a recuperação de bacias hidrográficas em Minas Gerais.
O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, Antônio Thomaz da Mata Machado, afirma que não existe uma metodologia definida ou estudos acadêmicos sobre o tema revitalização de rios que permita descrever o método ideal para o desenvolvimento das ações. "O que existem são experiências localizadas, e a proposta do seminário é justamente a de trazer essas experiências para conhecermos como a revitalização é feita em outros lugares", acrescenta.
Mata Machado pondera que os projetos de revitalização não devem se limitar ao curso de água, mas envolver a totalidade da bacia hidrográfica. "É preciso combater as principais fontes poluidoras, que geralmente são o lixo, o esgoto doméstico e os efluentes industriais, mas também recuperar nascentes, matas de topo, matas ciliares e pequenos rios afluentes", orienta. Ele acrescenta que o projeto deve definir a prioridade temática, a prioridade geográfica, deve selecionar indicadores de resultados e mobilizar a sociedade, o governo e outros atores estratégicos.
Considerada por especialistas como um processo de longo prazo, a revitalização de rios se completa com o trabalho contínuo de conservação. "O prazo para revitalização depende das condições políticas, de investimentos em tecnologia e da mobilização e vontade da sociedade", pondera Mata Machado. "O rio Tâmisa demorou mais de cem anos para ser recuperado. No Sena, o processo foi muito rápido, começou na metade da década de 90 e foi considerado revitalizado aproximadamente cinco anos depois, mas foi obra de engenharia, não houve envolvimento da população", complementa.
I Seminário Internacional de Revitalização de Rios
Local: Dayrell Minas Hotel - Rua Espírito Santo, 901, Centro, Belo Horizonte
Data - 08 a 10 de setembro
Programação :
Segunda-feira: 08/09
17h - Credenciamento
19h - Solenidade de Abertura
19h 30min - Rio Tietê, a experiência de São Paulo - Carlos Eduardo Carrella, SABESP
20h 20min - Debates
21h - Coquetel de confraternização
Terça-feira: 09/09
07h 30min - Credenciamento
08h - Rio Sena, a experiência francesa - Seine Normandie
08h 50min - Debates
10h - Intervalo
10h 20min - Rio Mosquito, a experiência de Minas Gerais, Brasil - Marcelo de Paula Salles Filho, Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio Mosquito
10h 50min - Projeto Drenurbs: Reabilitação Ambiental das Águas Urbanas de BH - José Roberto Champs, Projeto Switch
11h 20min - Debates
14h - Rio Anacostia, a experiência dos Estados Unidos - James F. Connolly - Anacostia Watershed Society
14h 50min - Debates
15h 30min - Intervalo
15h50min - Rio das Velhas, a experiência de Minas Gerais, Brasil - Apolo Heringer Lisboa, Projeto Manuelzão
16h40min - Meta 2010 e a articulação governo e sociedade civil organizada - José Carlos Carvalho, Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável
16h50min - Debates
18h - Happy Hour Ecológico
Quarta-feira: 10/09
08h - Rio Tâmisa, a experiência inglesa - Rachael Hill, Environmental Government Agency of United Kingdon
08h 50min - Debates
10h - Intervalo
10h 30min - Rio Isar, a experiência alemã - Klaus Arzet, State Office of Water Management Munich
11h 10min - Debates
12h - Pronunciamentos de avaliação e encerramento do evento - Thomaz Mata Machado, Comitê de Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e Ronaldo Matias, Copasa