Sistema Estadual de Meio Ambiente apresenta resultados do 1º Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa de Minas Gerais durante a COP 14, na Polônia.
O Estudo realizado pela Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam) em parceria com o Centro de Estudos Integrados sobre Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (CENTRO CLIMA/COPPE), que calculou as emissões de gases causadores do efeito estufa (GEE) em Minas Gerais, será conhecido internacionalmente. A apresentação do Inventário faz parte da programação da 14ª Conferência das Partes da Convenção da ONU para Mudanças Climáticas (COP-14), que começou nesta segunda-feira (1°) em Póznan, na Polônia.
No painel reservado ao Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas durante a COP-14, o secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas, José Carlos Carvalho, que compõe a delegação brasileira, e o pesquisador do Centro Clima, Alexandre D' Avignon, irão apresentar os resultados do Inventário mineiro. O estudo aponta que em 2005 foram lançadas na atmosfera do Estado 122 milhões de toneladas de GEEs. O gás carbono (CO2) foi o gás emitido em maior quantidade, representado 60,6% do total. Na divisão do total de gases emitidos divido pela população, Minas teve a taxa de 6,4 toneladas de CO2 por habitante em 2005. Na Europa, o valor é 12 ton/hab e nos Estados Unidos o número é 23 ton/hab.
Uso do solo e desmatamento
A discussão de estratégias de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD) será um dos temas de destaque na conferência. O assunto interessa particularmente ao Brasil, onde o desmatamento é responsável por quase 75% das emissões nacionais de GEEs. "Em Minas esse número está em cerca de 50%. Conseguimos reduzir em 29,5% o desmatamento no Estado no último biênio, fato que contribuiu para o melhor desempenho mineiro", informou José Carlos Carvalho.
Acordos em 2009
A COP-14 tem como objetivo principal articular a transição entre a fase de debates e a efetiva negociação de textos para o substituto do Protocolo de Kyoto. A posição brasileira é baseada no chamado "princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas", no qual os países desenvolvidos, que historicamente contribuíram mais para as emissões de gases do efeito estufa, devem ter mais responsabilidade no enfrentamento das mudanças do clima.
A conferência conta com cerca de onze mil participantes, incluindo delegações de 187 países e representantes de grandes empresas e indústrias mundiais. O encontro terá duração de duas semanas e é uma preparação para uma rodada de acordos sobre mudanças climáticas que será realizada na Dinamarca em 2009.
Ao final do evento será feita uma compilação com as principais propostas apresentadas para a mitigação, enfrentamento, adaptação e financiamento de novas tecnologias para o combate aos efeitos negativos das mudanças climáticas.
Ascom / Sisema