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Avanços e conquistas da Meta 2010 são debatidos em reunião pública na Assembléia Legislativa

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Projeto é destaque pelo trabalho articulado entre os diversos parceiros.

O Projeto Estruturador do governo de Minas ‘Revitalização da Bacia do Rio das Velhas – Meta 2010’ foi discutido nesta sexta-feira (12) no Plenário da Assembléia Legislativa de Minas Gerais. O debate foi realizado dentro da 2ª reunião da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia e marcou o encerramento dos seminários de mobilização e educação ambiental promovidos pelo Projeto em 2008.

A coordenadora da Meta 2010 pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Myriam Mousinho, apresentou os avanços alcançados pelo projeto desde sua implantação e ressaltou que a Meta 2010 representa o marco inicial para a mudança de concepção sobre revitalização de rios no Estado. “O Projeto nasceu da sociedade civil e foi incorporado pelo governo de Minas com foco, objetivo, metas e prazos”, frisou.

O trabalho articulado entre os diversos parceiros foi apresentado por Mousinho como uma inovação que já vem apresentando resultados positivos. “Todo esse esforço realizado de forma coletiva vem mostrando avanços e permitido a presença do peixe no rio, em trechos bem próximos à Região Metropolitana de Belo Horizonte”, ressaltou.

O gerente adjunto da Meta 2010, Ronaldo Matias, apresentou as intervenções realizadas pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) para alcançar os objetivos propostos no Projeto Estruturador. “Estamos numa verdadeira corrida para a revitalização do rio das Velhas”, afirmou.

A bacia do Velhas é extensa, ocupando 5% do Estado de Minas Gerais e abrigando cerca de 25% da população mineira. 80% dessa população está concentrada nas bacias do Velhas, Onça, Arrudas e Ribeirão da Mata, por isso, a prioridade das ações nessas regiões. “Nosso maior desafio é encaminhar o esgoto para as ETEs Arrudas e do Onça e ampliar os sistemas de esgotamento sanitário”, frisou Matias.

De acordo com Ronaldo Matias, em 2002 Belo Horizonte tratava 2,02% do esgoto coletado, passando para 56% em 2008. O objetivo é que, até 2010, 85% do esgoto coletado na Região Metropolitana de Belo Horizonte receba tratamento.  Em 2002 eram coletados cerca de 5 milhões de metros cúbicos de esgoto, saltando para 84 milhões em 2008. “Esses resultados se devem graças às 19 ETEs implantadas e os mais de 86 empreendimentos do programa caça-esgoto, da Copasa”, afirmou. Matias lembrou, ainda, que estão planejadas até 2010 a implantação de mais 17 Estações de Tratamento de Esgoto na RMBH.

Educação Ambiental para a Meta 2010 – A educadora ambiental e analista de programas comunitários da Copasa, Ana Mansoldo, ressaltou a importância da educação ambiental no processo de revitalização do rio. “O processo de educação é muito importante para o alcance dos objetivos da Meta 2010. É preciso que haja uma mudança de percepção ambiental e o entendimento de que todos pertencemos ao meio ambiente e que a ação de cada um repercute no todo”, observou.

Mansoldo defendeu que somente a educação pode transformar essa percepção de mundo. Nesse sentido, o Programa de Educação Ambiental da do Projeto tem trabalhado muito na sensibilização da população que vive no entorno da Bacia. A partir da sensibilização dessas comunidades é realizado o trabalho de mobilização, por meio da participação efetiva em relação às ações da Meta 2010. “O trabalho de Educação Ambiental é enxergar a Meta 2010 como um grande pretexto para transformar a mentalidade do homem para uma revitalização da vida de todas as comunidades humanas e animais que têm direito à vida nesse planeta”, destacou. 

Ao longo de 2008 foram realizados 17 seminários regionais de mobilização social. Segundo o coordenador de Educação Ambiental da Meta 2010, Marcus Vinícius Polignano, a participação da sociedade foi extremamente rica em todos os eventos realizados.

Durante todo o ano, nos encontros regionais foram levantados os problemas que ainda precisam de solução, como o uso e ocupação do solo, a disposição adequada de lixo, as atividades minerárias e industriais e a gestão de recursos hídricos. “Nem todo desenvolvimento é sustentável e nem toda crise é insustentável no ponto de vista ambiental”, concluiu Polignano.

Durante a reunião pública na ALMG, foram também discutidos os investimentos para tratamento de resíduos sólidos e programas específicos do rio, especificamente no trecho de Ribeirão das Neves e Sete Lagoas, além de projetos de cercamento de nascentes, do papel do poder executivo no processo de implantação da educação ambiental nas escolas públicas do Estado e a atuação dos produtores rurais no planejamento dos recursos hídricos.

No final dos debates, o deputado Fábio Avelar acatou a sugestão da mesa em apresentar um requerimento à Comissão de Meio Ambiente e Recursos Naturais da Assembléia para que seja realizada uma audiência pública para debater a Meta 2010 no próximo ano.

Ascom/Sisema

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