José Carlos Carvalho apresentou nessa quarta-feira, em reunião no Conselho Estadual de Política Ambiental (Copam), balanço da participação de Minas na 14º Reunião da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas.
"O reconhecimento internacional é a demonstração do acerto do caminho que Minas está seguindo". A declaração feita pelo secretário de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, José Carlos Carvalho, na reunião da Câmara de Energia e Mudanças Climáticas (CEM) do Copam é uma conclusão da posição que Minas ocupa no cenário mundial quando se trata da importância dada por governos à questão climática.
Na reunião realizada nessa quarta-feira, José Carlos Carvalho, representante de Minas Gerais na 14ª Conferência das Partes da Convenção da ONU para Mudanças Climáticas (COP-14), que ocorreu em dezembro em Poznan, Polônia, expôs aos conselheiros o destaque obtido na Conferência pelo Inventário de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Estado de Minas Gerais.
Lançado em novembro do ano passado, o estudo mapeia por atividade as emissões dos principais setores socioeconômicos e possibilita ao Estado ocupar hoje uma posição de destaque no país para negociações internacionais sobre um dos temas mais preocupantes da atualidade. "O Estado assumiu seu compromisso em agir na no combate aos efeitos negativos das mudanças climáticas globais. Estamos fazendo a nossa parte e Minas ajuda o Brasil a ocupar uma posição de protagonismo no cenário internacional", afirmou o secretário.
Redução do desmatamento
Dentre os temas discutidos, o Brasil foi importante participante na busca de estratégias para a Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação (REDD), responsáveis por 75% das emissões de gases causadores do efeito estufa do país. Devido ao desmatamento, principalmente da Amazônia, O Brasil está entre os cinco maiores emissores mundiais de gases causadores do efeito estufa.
A redução do consumo de matéria-prima proveniente das matas nativas é uma das metas estabelecidas no Projeto Estruturador ‘Conservação do Cerrado e Recuperação da Mata Atlântica', coordenado pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF). Em 2008, cerca de R$ 10 milhões foram investidos pelo Estado em programas de recuperação de áreas degradadas, projetos socioambientais e de pesquisas florestais e energéticas.
Com os esforços que resultaram na redução da taxa de desmatamento em Minas em cerca de 30% nos últimos dois anos e a execução dos projetos de reflorestamento, pretende-se ampliar em 120 mil hectares a área do Estado com cobertura de vegetação nativa até 2011. "As ações do Sisema estão em sintonia com os todos os setores da sociedade no enfrentamento deste problema", finaliza José Carlos Carvalho.