O debate sobre “Avanços e Desafios na Política das Águas” será realizado nesta quinta-feira (26), às 15h30, na Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) - Rua Espírito Santo, 495, 4º andar, em Belo Horizonte.
O secretário-adjunto da Agricultura de Minas Gerais, Paulo Romano, vai participar nesta quinta-feira (26) dos debates sobre Avanços e Desafios na Política de Água. O evento faz parte da programação do 8º Fórum das Águas de Minas Gerais, promovido pela Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad) e pelo Fórum Mineiro de Comitês de Bacias Hidrográficas, com o apoio de instituições públicas e privadas de cada região.“Uso e manejo de água na agricultura” é o tema que será apresentado por Romano na abertura dos debates. Ele diz que, na análise da questão das águas em Minas, destaca-se a situação do Estado como formador de grandes bacias demográficas, sendo drenado pelo Rio Doce, São Francisco, Rio Grande, Paranaíba e Grande, entre outros. “Nossa situação é peculiar, pois a água deixa de ser domínio do Estado e passa ser domínio da União quando atinge a calha desses rios”, explica.
O secretário-adjunto destaca que a abordagem do manejo da água na agricultura não se limita às questões da irrigação. “É preciso pensar, entre outros aspectos, na função da água no grande espaço do território de Minas, pois a maior parte da agricultura não é irrigada e, sim, de sequeiro, portanto dependente das chuvas. Há também a demanda de animais e comunidades, assim como a biodiversidade em geral”, esclarece.
Para Romano, devem ser valorizadas as atitudes dos produtores rurais pela conservação do solo e da água, e também as práticas de manejo e irrigação em que seja evitada a poluição da água. Ele entende que, ao conservar e melhorar a qualidade da água, o agricultor deveria receber por esses serviços ambientais. “Outra forma seria a concessão de outorga da água, para seu uso em irrigação, ao produtor que a conservar ou acumular“, recomenda.
O Brasil e Minas usam apenas em torno de 10% do seu potencial de irrigação, acrescenta o secretário-adjunto. “Este quadro precisa ser alterado, sobretudo por causa das mudanças climáticas que já podem ser constatadas.”
Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento