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Parque do Itacolomi inaugura exposição permanente

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Casa Bandeirista abriga espaço para o resgate da história de Minas e do país, recontada pela ótica dos estudiosos estrangeiros que estiveram no Brasil nos séculos VXIII e XIX.

O vice-governador de Minas Gerais, Antonio Augusto Anastasia, inaugurou neste domingo (19/04), no Parque Estadual do Itacolomi, em Ouro Preto, a Exposição Permanente dos Naturalistas Viajantes. Durante a solenidade, Anastasia destacou a importância do espaço para o resgate da história de Minas e do país, recontada pela ótica dos estudiosos estrangeiros que estiveram no Brasil nos séculos VXIII e XIX, com destaque para os franceses Saint-Hilaire, Jean Moris Eduard Ménétriès e Claude-Henri Gorceix.

A inauguração do novo espaço faz parte da programação do França.Br 2009 - Ano da França no Brasil, evento que em Minas integra a Semana da Inconfidência. "É um momento muito especial a inauguração dessa belíssima exposição, nessa casa única da nossa história não só de Minas, mas do Brasil. Foi feito aqui um trabalho com muito esmero, em parceria com a sociedade civil, pela recuperação desse acervo e sua apresentação pública de modo inclusive interativo, com boas técnicas, e nós estamos muito felizes de o Governo do Estado poder agora abrir à visitação pública essa nova unidade da Casa Bandeirista aqui no Parque do Itacolomi", afirmou Anastasia.

O ponto alto da cerimônia foi a homenagem prestada pelo diretor do parque, professor Célio Vale, à ex-primeira-dama da França Danielle Mitterrand, presidente da Fundação France Libertés, quando lhe entregou uma planta de nome popular "Bate Caixa". "Eu queria fazer uma homenagem à França e a sua representante. E essa planta tem uma história muito bonita. A família dela foi descrita e nominada por Saint-Hilaire. Esse pequeno galho foi retirado do lugar em que ele pegou em 1817. Então, é uma lembrança que madame Mitterrand terá do Brasil", disse emocionado.

Memória preservada

Idealizada a partir da parceria com a Organização Não-Governamental Terra Brazilis e Instituto Estadual de Florestas (IEF), a exposição foi elaborada com recursos museográficos resultantes de uma extensa pesquisa na literatura, arquivos e museus de Minas Gerais e do Rio de Janeiro. A mostra contempla mais de 50 viajantes, entre homens e mulheres, vindos de onze países diferentes. Além da exposição, a Casa Bandeirista abriga ainda um espaço para receber eventos especiais, com um pequeno palco, mesas e cadeiras.

A exposição permanente dos naturalistas impressionou as diversas autoridades da região, artistas e franceses presentes na solenidade de abertura. A mostra reúne réplicas e ferramentas originais, objetos, artefatos, caminhos percorridos e uma linha do tempo correlacionando os fatos da época aos viajantes. Outra novidade é o vídeo projetado dentro do museu, que exibe imagens originais feitas pelos próprios viajantes que passaram pelo país.

Também estiveram presentes na solenidade de inauguração a ex-primeira-dama da França; o secretário de Estado de Cultura, Paulo Brant; o secretário de Estado de Meio Ambiente, José Carlos Carvalho; o cônsul honorário da França, Manoel Bernardes; o prefeito de Ouro Preto Ângelo Oswaldo, a presidente do Instituto Terra Brasilis e curadora da exposição Sônia Rigueiro, representantes do Sistema Estadual de Meio Ambiente (Sisema), entre outras autoridades.

Obras de modernização

Ainda no Parque do Itacolomi, o vice-governador visitou o conjunto de obras de melhoria da unidade de conservação, acompanhado pelo secretário José Carlos Carvalho. Durante o trajeto, Anastasia conheceu o projeto de modernização por que está passando o parque, para oferecer mais conforto aos visitantes. Além da modernização do Centro de Visitante, que ganhará novo auditório e espaço para evento, e da criação do Museu do Chá, também receberão melhorias a área de camping e o trecho de acesso até a Casa Bandeirista. De acordo com o gerente do parque, Juarez Távora, a previsão para conclusão das obras é junho deste ano.

A Casa Bandeirista, edificação tombada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), foi construída entre 1706 e 1708, servindo à cobrança de impostos, à vigilância e à defesa do acesso às minas de ouro locais. Posteriormente, foi a sede da Fazenda do Manso, conhecida como uma grande produtora de chá preto no século XVIII. Restaurada em 1998, é considerada a única edificação deste tipo ainda existente no Estado.

Fonte: Superintendência de Imprensa do Governo de Minas

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