Participantes da Expedição pelo Velhas 2009 e representantes do governo estadual, prefeituras e comunidades dos municípios envolvidos na Meta 2010 discutem propostas para a preservação do patrimônio histórico, ambiental e arqueológico no Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).
Para discutir e apresentar as propostas para a preservação do patrimônio histórico, ambiental e arqueológico no Vetor Norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), dentro da perspectiva da revitalização do Rio da Velhas, se encontraram nesta segunda-feira (18), na Quinta do Sumidouro, em Pedro Leopoldo, os participantes da Expedição pelo Velhas 2009 e representantes do governo estadual, prefeituras e comunidades dos municípios envolvidos na Meta 2010.
Durante o encontro, pontos importantes para a revitalização da Bacia do Rio das Velhas foram apresentados pela coordenadora executiva do Projeto Estruturador Meta 2010, Myriam Mousinho. A coordenadora ressaltou o trabalho elaborado dentro da perspectiva de Bacia Hidrográfica como unidade de planejamento e o trabalho coordenado e articulado entre os diferentes atores envolvidos na revitalização do Velhas."Para se alcançar a Meta 2010 não é necessário apenas a retirada do esgoto dos cursos d' água, mas é preciso diversas outras ações como a recuperação da cobertura vegetal, ações de educação socioambiental e a mobilização e participação da sociedade", frisou.
Outra importante ação apresentada por Mousinho, dentro das propostas da Meta 2010, foi a implantação do Sistema de Áreas Protegidas (SAP), projeto que define áreas prioritárias para criação de Unidades de Conservação (UC) de proteção integral, com objetivo de propor um sistema de corredores ecológicos de forma a viabilizar a proteção efetiva do patrimônio arqueológico, espeleológico, paleontológico, natural e paisagístico do Vetor Norte Metropolitano de Belo Horizonte. Segundo ela, para a definição do SAP foram utilizadas variáveis como o Zoneamento Ecológico Econômico (ZEE), o inventário florestal e os mapas de ocorrência e densidade de cavernas, sítios arqueológicos e paleontológicos na APA Carste de Lagoa Santa, fornecidas pelo Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama).
Estudos realizados pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF) identificaram 13 importantes áreas para a criação de UCs públicas e privadas nos municípios de Matozinhos, Pedro Leopoldo, Prudente de Moraes, Lagoa Santa, Santa Luzia, Confins e São José da Lapa, totalizando cerca de 14 mil hectares. "Precisamos trabalhar para a preservação dessas áreas, além de implantar um sistema de conectividade entre elas para que toda a biodiversidade existente na região seja preservada", ressaltou.
Ribeirão da Mata
Considerado como ponto estratégico para a revitalização do Rio das Velhas, o Ribeirão da Mata, na região de Lagoa Santa, ocupa 10% da área total da Bacia do Rio das Velhas. Com uma área de aproximadamente 817 km2, a Bacia do Ribeirão da Mata passa por 10 municípios, localizados em áreas de grandes riquezas naturais, espeleológicas e paleontológicas, na área carste de Lagoa Santa.
Para tentar solucionar os problemas ambientais e sociais causados pelo crescimento populacional da região, a Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa), em parceria com outros órgãos governamentais, está desenvolvendo um Programa de Saneamento Ambiental para o Ribeirão, que engloba ações de abastecimento de água, esgotamento sanitário, saneamento em fundo de vale, educação ambiental, disposição adequada de lixo e drenagem urbana. "Todo esse planejamento deve ser trilhado para que os municípios não sofram com os problemas advindos destas questões. Mas tenho a convicção de que o Rio das Velhas será sempre melhor tendo em vista o envolvimento de milhões de pessoas na Meta 2010", frisou o gerente adjunto do Projeto Estruturador, Ronaldo Matias.
Parque Estadual do Sumidouro
Durante a tarde os participantes da expedição Velhas 2009 puderam conhecer os investimentos do governo de Minas no Parque Estadual do Sumidouro, que já somam cerca de R$ 45 milhões de reais.
"O sumidouro representa a história da ocupação dos povos antigos, além de abrigar um grande ecossistema e ser refúgio para aves migratórias, e que se torna um importante espaço para preservação da biodiversidade da região", disse o gerente do PE do Sumidouro, Rogério Tavares. Os investimentos aplicados incluem estruturas físicas como a portaria e a sede administrativa do Parque, a recuperação de edificações históricas como a Casa Fernão Dias, regularização fundiária, elaboração de plano de manejo e trabalhos de articulação com projetos turísticos para recepção de visitantes na unidade de conservação. "O Parque do Sumidouro é hoje um local que merece ser apreciado junto à UNESCO como um Patrimônio Mundial da Humanidade", frisou Tavares.
Fonte: Ascom/ Sisema
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