Os desafios e as dificuldades enfrentadas pelo município de Sete Lagoas para o tratamento do esgoto sanitário da cidade foram debatidos na manhã desta quarta-feira (20) durante encontro dos expedicionários pelo Velhas 2009, no Casarão, Centro Cultural de Sete Lagoas.
Os desafios e as dificuldades enfrentadas pelo município de Sete Lagoas para o tratamento do esgoto sanitário da cidade foram debatidos na manhã desta quarta-feira (20) durante encontro dos expedicionários pelo Velhas 2009, no Casarão, Centro Cultural de Sete Lagoas.
O município de Sete Lagoas está localizado a 60 quilômetros de Belo Horizonte e possui cerca de 220 mil habitantes. Apesar de ser um grande pólo de desenvolvimento comercial e industrial, o município ainda é o segundo maior poluidor da bacia do Rio das Velhas. Todo o esgoto do município é coletado, mas apenas 4% recebe tratamento adequado, o restante é jogado diretamente no Ribeirão Jequitibá. O sistema de abastecimento de água e do esgotamento sanitário de Sete Lagoas é gerido pelo Sistema Autônomo de Água e Esgoto (SAAE).
"Sete Lagoas é fundamental para a recuperação da Bacia do Rio das Velhas e precisa se envolver mais nas ações de revitalização do rio", frisou a coordenadora executiva da Meta 2010, Myriam Mousinho. A coordenadora ressaltou também a nova forma de gerenciamento de projetos a partir do Projeto Estruturador Meta 2010, proposto pela sociedade civil organizada e incorporado pelo governo de Minas. "Essa é uma nova forma de gerenciamento onde todos os atores devem desempenhar seu papel para a solução dos conflitos", disse.
O Secretário municipal de meio ambiente de Sete Lagoas, Lairson Couto, disse que o município precisa de cerca de R$ 50 milhões para a reativação da ETE. "A mobilização e participação da sociedade é muito importante, mas precisamos também de vontade política e dinheiro para a construção da Estação de Tratamento", frisou.
Para que o município de Sete Lagoas possa se mobilizar para reverter o quadro de degradação do rio, foi proposto durante o debate, pelo coordenador da expedição Velhas 2009, Marcus Vinícius Polignano, a formação de um grupo de trabalho composto por representantes da Prefeitura de Sete Lagoas, do Projeto Manuelzão, do Sub-comitê de Bacia do Ribeirão Jequitibá, do governo do Estado e da Frente Parlamentar em Defesa do Meio Ambiente, da Câmara Municipal de Sete Lagoas. Polignano propôs que em três meses essa comissão apresente uma proposta para a solução do esgotamento sanitário do município. "Sete Lagoas tem um compromisso, um desejo de recuperar o Jequitibá e isso vai depender da atitude coletiva de toda a sociedade", salientou.
O Vereador Claudinei Dias, presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Meio Ambiente de Sete Lagoas também reforçou a necessidade de mudança da situação atual do município. "Agora é a hora de olhar para o presente e para o futuro e fazer com que as prioridades sejam colocadas à frente. Temos que priorizar a questão ambiental e o tratamento de esgoto de nossa cidade", frisou.
Ribeirão Jequitibá
O Ribeirão Jequitibá é o último na área da Meta 2010 a desaguar no Rio das Velhas. O Projeto Estruturador prevê a revitalização do Rio das Velhas, principalmente em seu trecho mais poluído, que vai de Itabirito a Jequitibá. Dos quatro municípios da sub-bacia apenas Jequitibá trata a maior parte do esgoto gerado, cerca de 80%.
A Coordenadora do Subcomitê da Bacia Hidrográfica do Ribeirão Jequitibá, Eloise Guimarães Almeida, reconheceu que Sete Lagoas é um município altamente poluidor, mas disse que existe um comprometimento para a reversão dessa realidade. "Sete Lagoas não está dormindo, está presente e participativa, principalmente no segmento educativo do município", disse.
Fonte: Ascom\ Sisema
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